Tramas da liberdade

As cercanias do município de Sobral, a 200 km de Fortaleza, representam uma verdadeira mina do artesanato transmitido de geração em geração, especialmente artefatos de palha, crochê e bordado. Foi lá que a designer Celina Hissa, diretora da marca Catarina Mina (catarinamina.com), descobriu um grupo de mulheres interessadas em espalhar suas criações pelo Brasil afora. Juntas elas participaram de oficinas onde puderam desenvolver peças e afinar suas técnicas. O coletivo composto de 40 mulheres se consolidou, foi batizado de FIA {Oficina de Artesãs} e, atualmente, vende as peças produzidas, como jogos americanos, cestos e sousplats feitos de palha de carnaúba, na Oppa, além da própria Catarina Mina. “Nossas criações só eram conhecidas em Sobral. Agora são valorizadas em todo o país”, festeja uma das artesãs, Conceição Mendes, 31 anos. O trabalho, não raro, confi gura a única fonte de recursos domésticos. Principalmente em anos de seca, quando a lavoura e a pesca são insuficientes para o sustento familiar. “Agora posso ajudar no orçamento, comprar roupas para minhas fi lhas e fazer reparos na casa”, revela Conceição. (RCM).