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Cientistas japoneses criam plástico biodegradável que se desfaz na água do mar

Published 10/12/2024
plástico

Os pesquisadores japoneses conseguiram criar um plástico biodegradável que se desfaz nas águas salgadas, sem deixar resíduos - Divulgação/RIKEN

Atualmente, um dos maiores problemas dos mares e oceanos é o plástico. Ele ameaça a vida marinha e, consequentemente, nossa saúde, por causa dos microplásticos. Mas os pesquisadores japoneses do RIKEN Center for Emergent Matter Science (CEMS) conseguiram criar um plástico biodegradável que se desfaz nas águas salgadas. E uma das melhores partes, sem deixar resíduos. Veja os detalhes:

O novo plástico no mar

O novo plástico, chamado de alquil SP 2, é altamente durável, totalmente reciclável e se decompõe de maneira rápida e eficiente na água salgada. Em questão de horas, ele se desintegra sem deixar microplásticos, o que o torna uma alternativa mais segura em comparação com os plásticos convencionais, que podem permanecer nos oceanos por centenas de anos. Isso acontece porque ele não é tóxico. Ademais, podem remodelá-lo quando a temperatura estiver acima de 120ºC. E, quando colocado na água do mar, as pontes de sal desmancham-no em apenas algumas horas. Com isso, ele tende a se transformar em alimento para as bactérias.

Sua atuação na terra

Entretanto, ele não age somente na água. Segundo a publicação da revista ‘Science‘, os testes de reciclagem mostraram que a inovação desaparece em dez dias no solo e ainda age como fertilizante, liberando fósforo e nitrogênio. “Com esse novo material, criamos uma nova família de plásticos que são fortes, estáveis, recicláveis, podem servir à múltiplas funções e não geram microplásticos”, disse o professor da Universidade de Tóquio e autor do estudo, Takuzo Aida.

Impactos do plástico

Os impactos do plástico na nossa sociedade são alarmantes. Anualmente, se produz mais de 500 milhões de toneladas de plástico. Estes números foram divulgados pelo GreenPeace, e indicam, claramente, a necessidade de diminuir o consumo do plástico.

A situação se agrava ainda mais quando analisamos os resultados do estudo apoiado pela Plastic Soup Foundation, uma organização ambiental focada no combate à poluição plástica. Este estudo reforça a necessidade de ações urgentes a nível global. Com as negociações finais do Tratado Global de Plásticos da ONU agendadas para novembro na Coreia do Sul, a comunidade científica insiste que os formuladores de políticas ouçam a ciência e atuem para proteger o meio ambiente e a saúde humana.

Leia mais em: Microplástico é detectado no cérebro humano pela primeira vez

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