É cada dia mais comum vermos saguis andando pela rede elétrica das cidades brasileiras. Na internet, é possível encontrar diversos registros desses momentos, que parecem ser fofos, mas representam um grande risco à saúde dos animais silvestres. Por isso, a empresa Light desenvolveu um projeto inédito que irá monitorar e sugerir ações para reduzir os acidentes e proteger os bichinhos
Como projeto pretende proteger os animais silvestres
Financiada pelo Programa de Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com o Instituto Vida Livre e a Concert Lab, a iniciativa Conexão Silvestre recebeu um investimento de mais de R$ 3,1 milhões. O projeto tem como objetivo instalar câmeras camufladas nas ruas arborizadas das regiões do Jardim Botânico, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, além do Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena.
Além disso, após coletarem as imagens, os responsáveis usarão técnicas de inteligência artificial para identificar os padrões de deslocamento dos animais. Isso permitirá um monitoramento capaz de reconhecê-los por espécie e de acompanhar seus comportamentos ao entrarem em contato com a fiação elétrica. A partir dessa análise, a equipe pretende construir um plano para minimizar os impactos e preservar a fauna.
“A gente precisa entender exatamente quais são os motivos desse tipo de acidente e o que pode ser feito pra evitar esse tipo de coisa. Isso causa um dano enorme não só do ponto de vista dos maus-tratos, do sofrimento desses animais que sobrevivem a uma descarga dessa são submetidos, mas também quando a gente pensa na biodiversidade que se perde”, apontou o presidente do instituto, Roched Seba, ao ‘G1’.
Fase atual do projeto
De acordo com a Light, a iniciativa já implementou os equipamentos nos pontos estratégicos e agora realiza a análise das informações coletadas. Eles têm cerca de um ano e meio para apresentar os primeiros resultados. “O que estamos construindo aqui junto de nossos parceiros é um projeto com grandes ganhos para todos. Os dados obtidos permitirão recomendar novas formas de proteção das redes de energia por espécies de animais silvestres, e o registro histórico da ferramenta permitirá avaliar a efetividade das soluções implantadas no futuro”, afirmou o gerente de meio ambiente da empresa, Felipe Cruz, em um comunicado divulgado para a imprensa.