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Quase 40% dos brasileiros com mais de 50 anos possuem dores crônicas

Com o envelhecimento da população, as pessoas estão sendo cada vez mais saindo dos consultórios com o diagnóstico; sendo assim, veja como prevenir, os impactos e o que está acontecendo em outros países

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Mais de 40% da população brasileira acima dos 50 anos é atingida por dores crônicas – Canva Pro/Satjawat Boontanataweepol

Quantas pessoas você conhece – a não ser si próprio, se for o caso – que reclamam de dores no corpo frequentemente? Se forem muitas, não se assuste, pois 36,9% dos brasileiros de mais de 50 anos são atingidos por elas. Os dados são do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), que foi financiado pelo Ministério da Saúde. Entre os afetados, a maioria inclui mulheres e pessoas de baixa renda. Ademais, os diagnosticados com artrite, dores nas costas ou na coluna, com sintomas depressivos e que possuem histórico de quedas e hospitalizações também fazem parte do maior grupo.

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Impactos

A revista científica The Lancet’ apontou que as dores crônicas podem ser consequências de fatores como a depressão e a baixa qualidade de vida. Além disso, acaba impactando a percepção geral de saúde, a produtividade e o trabalho. De acordo com o portal gov.br, a situação fica ainda mais grave quando alcança aqueles de baixo nível socioeconômico e que trabalham com agricultura ou no setor de serviços. Ainda segundo o veículo brasileiro, a nação tende a ter cada vez mais pessoas diagnosticadas com dores, pois a população tende a envelhecer.

Como prevenir as dores crônicas?

Para evitar as dores crônicas, a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária, Lígia Gualberto, atesta que é necessário levar uma vida saudável desde cedo, incluindo alimentação correta e atividades físicas“Com o envelhecimento, a tendência é o declínio da massa muscular, que se agrava em contexto de sedentarismo. Esse enfraquecimento muscular está diretamente relacionado a prejuízos na mobilidade em idades avançadas e ao contexto de dor crônica”, conta ao gov.br.

Uso de opioides

Apesar de o Brasil não ter pego esse costume, a revista britânica afirma que o uso de opioides está crescendo cada vez mais nos Estados Unidos e no Canadá, com prescrição médica. O objetivo é o tratamento de dores, mas o risco de causar efeitos adversos é grande. “Está acontecendo uma epidemia de uso de opioides, e só está se agravando. Isso ainda é pouco discutido no Brasil, mas nós já temos uma prevalência alta do uso desses medicamentos”, pontuou a pesquisadora da Fiocruz/UFMG, Fernanda Lima-Costa.

O ‘The Lancet’ ainda detalha que o produto também está sendo usado para fins não médicos, o que está provocando altos níveis de transtornos e causando overdoses em mais de 68 mil pessoas.

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