Qual a melhor atividade física para o meu filho?

Especialista revela quais esportes são mais indicados dependendo da idade da criança ou do adolescente; descubra

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Ortopedista pediátrico indica qual a melhor atividade física para as crianças – Canva Pro/oksanashufrych

Se você tem filhos e quer colocá-los para praticar alguma atividade física, mas não sabe por onde começar. A Agência Einstein pediu algumas dicas para o ortopedista pediátrico da Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein, Nei Botter Montenegro, e nós as compartilhamos aqui. Confira:

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Atividade física sugerida por idade

Zero a dois anos: Nesta fase, o bebê ainda não fará atividade esportiva, já que está em pleno desenvolvimento neuromotor. Apesar disso, há maneiras de incentivar a evolução através das brincadeiras. “Um bom exemplo é colocá-lo de barriga para baixo e estimulá-lo a rolar ou brincar de ‘Serra, Serra, Serrador’, indica o especialista. A natação também pode ser uma alternativa antes do primeiro ano, mas sem torcer para que aprenda a nadar, e sempre com a supervisão dos adultos.

Dois a cinco anos: A partir dos dois anos de vida, as crianças começam a correr, pular e brincar de pega-pega ou esconde-esconde. No intervalo dessas idades, os pequenos passam a praticar aulas de forma regular, como judô e balé, e vão aprendendo através de acertos e erros. “Por exemplo: a criança não entende as regras para jogar futebol, mas ela entende que precisa chutar e correr atrás da bola. Uma hora, ela vai acertar o gol e vão comemorar. Nessa idade, ela compreende instruções simples, mas sempre com aspecto de brincadeira”, detalha.

Seis a nove anos: Durante esta época, o equilíbrio e as reações automáticas estão melhorando. Aqueles esportes com regras flexíveis são mais aceitos. E o tempo livre começa a ser preenchido com os esportes de quadra, judô, natação e futebol. “A criança começa a entender melhor as regras, como o que é uma falta, o que ela pode ou não fazer em campo. Elas têm o pulmão pequeno, então não têm capacidade aeróbica para correr um campo inteiro de futebol, por exemplo, mas, com pequenas adaptações, são capazes de aprender a jogar basquete, vôlei, handebol”, atesta.

Dez a doze anos e adolescentes: “A criança passa a compreender a função dela em um time. Como ela já foi exposta à várias atividades, nesse momento ela vai, talvez, escolher um esporte para se dedicar e se especializar, de acordo com seu gosto e desempenho”, explica. Ademais, a habilidade motora melhora, assim como a capacidade de entendimento das regras do jogo.

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O ideal para meninas

No caso das meninas em geral, o ortopedista indica as atividades físicas terrestres, já que a vida hormonal delas é mais curta que a do sexo oposto. Outro motivo é para evitar a osteoporose com o passar dos anos. “Pode ser dança, algum esporte de quadra ou o que quiser. Isso é necessário porque existe um ganho de massa óssea proporcional à atividade que a criança fizer”, alerta.

Incentive à prática de atividade física

Seguindo a indicação para cada idade, é importante que os responsáveis incentivem as crianças a praticarem atividade física. Movimentar-se possibilita a prevenção de uma série de doenças crônicas, tais quais diabetes, hipertensão e até mesmo alguns tipos de câncer.

E, para saber o que seu filho ou filha irá gostar mais, precisa tentar e apresentar diversas opções para ele ou ela, até encontrar algo que goste de verdade. Caso o contrário, há riscos. “Se a obrigarmos a fazer uma atividade que não tenha prazer, pode desanimar, desistir e deixar de fazer outras modalidades pela experiência frustrante naquele esporte que não agradou. Isso pode ter um impacto negativo, resultando no abandono da atividade e no desincentivo à atividade física, mesmo na idade adulta”, conclui.

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