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Lipedema: Tudo o que você precisa saber sobre a ‘nova’ doença da OMS

Published 28/01/2025
lipedema

Tudo sobre lipedema - Crédito: ONG Movimento Lipedema

O lipedema é uma condição que afeta aproximadamente 10% das mulheres em todo o mundo, caracterizando-se pelo acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo, como pernas e braços. Inicialmente, essa doença que foi descrita em 1940, é comumente confundida com obesidade devido às suas manifestações físicas. Porém, difere substancialmente na sua resposta aos métodos habituais de perda de peso, como dieta e exercícios.

Em 2019, a Organização Mundial da Saúde classificou oficialmente o lipedema como uma doença distinta, tornando mais claro seu reconhecimento e diagnóstico. Esta alteração foi institucionalizada na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) em 2022, embora a implementação dessa versão no Brasil tenha sido adiada para 2027. Apesar de ser uma condição de saúde marcante, muitas mulheres ainda lutam para obter um diagnóstico claro e preciso.

Quais são os sintomas do lipedema?

A condição apresenta sinais específicos que incluem alterações na pele, como a presença de nódulos e aspereza semelhante à celulite. As áreas afetadas muitas vezes não respondem à perda de peso convencional, o que pode ser frustrante para pacientes que tentam reduzir essas massas de gordura com métodos tradicionais. Além disso, outros sintomas comuns são: dor, sensação de pernas pesadas, hematomas frequentes e marcas na pele causadas pela má circulação.

“Vemos mulheres que têm a cintura fina [não possuem alta concentração de gordura na barriga], se alimentam de forma equilibrada, praticam exercícios físicos, e acabam frustradas porque continuam com deformidade nos membros”, afirma Fábio Kamamoto, cirurgião plástico e idealizador do Instituto Lipedema, em entrevista à Folha de SP.

Além disso, o formato característico das pernas, frequentemente descrito como “formato de ampulheta“, é uma pista importante no diagnóstico.

 Diagnóstico

O diagnóstico do lipedema depende de uma avaliação clínica detalhada, com exames diversos para identificar a condição. Assim, a consulta com um profissional de saúde experiente nesse tipo de distúrbio é essencial. Médicos levam em consideração o histórico familiar de lipedema durante o diagnóstico. Além disso, a ocorrência de alterações hormonais significativas na vida da paciente, como durante a puberdade e gravidez, também são analisadas.

Por fim, embora não exista atualmente uma cura definitiva para o lipedema, os tratamentos disponíveis se concentram na gestão dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida. Abordagens como drenagem linfática e uso de meias de compressão podem aliviar o inchaço. Além disso, a lipoaspiração é válida para remover células de gordura específicas nos casos mais severos.

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