Jejum intermitente funciona para todo mundo? Entenda

O método funciona intercalando períodos a partir de 12 horas de jejum com a alimentação e ganhou fama entre pessoas que buscam emagrecimento rápido. Mas e a saúde, como fica?

jejum intermitente
Mateus Verdelho mostra resultados com jejum intermitente – reprodução

O influencer Mateus Verdelho, de 41 anos, virou assunto ao afirmar que ia fazer 100 horas de jejum intermitente para emagrecer. No entanto, pediu para seguidores que queiram fazer o mesmo procurarem ajuda profissional. Diante deste cenário, fica a pergunta: quem pode (e não pode) fazer?

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Jejum intermitente

A Dra. Elaine Dias JK, PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, explica que o jejum intermitente é um dos modelos de dieta que ganhou fama entre as pessoas que buscam pelo emagrecimento rápido. O método funciona intercalando períodos a partir de 12 horas de jejum com a alimentação. Porém, a especialista ressalta que essa prática não funciona para todo tipo de metabolismo. Além disso, é necessário acompanhamento médico. “Não há milagres quando o assunto é perda de peso de maneira saudável”, ressalta.

Ela explica que, assim como todo tipo de tratamento, o jejum intermitente pode representar riscos. “A prática não é recomendada para todas as pessoas. A estratégia alimentar alternando períodos sem comer com a alimentação pode não favorecer aqueles que possuem compulsão alimentar, por exemplo, que tenham pressão e glicemia baixa ou déficit de músculos. Por isso, é fundamental realizar exames para entender a necessidade do organismo juntamente com um médico especializado”, alerta a especialista.

Outro ponto importante, segundo a médica, é que o longo período sem alimentação pode causar hipoglicemia, desmaios, tonturas, deficiência de nutrientes, alteração hormonal, perda de músculo e desidratação. O melhor jejum intermitente é o fisiológico, que elimina o jantar da rotina. “Ele está ligado diretamente à nossa genética ancestral. Antigamente, as pessoas comiam muito cedo, próximo ao pôr do sol, e iam dormir pouco tempo depois. Ou seja, com uma refeição entre 19h e 20h no máximo, o café da manhã no dia seguinte já seria após 11 a 12 horas de jejum. Mas, ainda assim, não é recomendado sem orientação médica, porque na janela em que o paciente se alimenta, ele precisa de dieta saudável, vitaminas e nutrientes essenciais para ter disposição, bem-estar e saúde”, explica Dra. Elaine.

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Editora-chefe das marcas Bons Fluidos, SportBuzz e Perfil Brasil. Acredita na Lei do Retorno e na (lenta) evolução do ser humano para um mundo melhor.