Estudo explica que composto do alecrim pode combater Alzheimer; entenda

Além do transtorno, cientistas acreditam que o ácido carnósico pode auxiliar no tratamento de outras doenças que envolvem inflamações, como diabetes e Parkinson

Alzheimer
Além do Alzheimer, cientistas acreditam que o ácido carnósico pode auxiliar no tratamento de outras doenças que envolvem inflamações – Canva Equipes/Dapaimages

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais convive com alguma demência, como o Alzheimer, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. Apesar dos casos demonstrarem aumento, o transtorno ainda não possui cura. Por isso, os tratamentos, feitos através de terapias comportamentos e medicamentos, garantem somente o alívio dos sintomas, além de retardar sua progressão. Pesquisadores, no entanto, buscam encontrar soluções e, o esforço, pode ser recompensado em breve! Isso porque um estudo do Scripps Research Institute descobriu que o ácido carnósico, presente em ervas, como o alecrim, é eficaz para combater proteínas ligadas à doença.

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Como o alecrim combate a doença de Alzheimer

Inicialmente, a pesquisa publicada na revista científica Antioxidants modificou o composto, que tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, para que ficasse mais tempo no organismo ao ponto de causar alterações. Para isso, os estudiosos utilizaram uma forma diacetilada adequada (diAcCA). Esse complexo se converte no ácido carnósico, sendo liberado na corrente sanguínea, onde é melhor absorvido pelo corpo.

Após adaptar o componente, eles o aplicaram em camundongos geneticamente modificados para apresentar uma forma de Alzheimer. Outros animais receberam um placebo três vezes por semana durante três meses. Em seguida, os pesquisadores testaram os roedores para avaliar progressos. Assim, a pesquisa descobriu que os participantes apresentaram sinapses neuronais significativas, melhorias na memória, redução de inflamações e deterioração de proteínas tóxicas relacionadas ao Alzheimer.

Além do transtorno, os cientistas, envolvidos no projeto, acreditam que o composto pode auxiliar no tratamento de outras doenças que envolvem inflamações, como diabetes e Parkinson. “Isso pode fazer com que os tratamentos existentes com anticorpos amiloides funcionem melhor, eliminando ou limitando seus efeitos colaterais”, diz Lipton.

Café da manhã para fortalecer a memória

Você, com certeza, já ouviu a frase “café da manhã é a refeição mais importante do dia”, né? Até recentemente, a gente poderia duvidar desse preceito e pensar que é só mais uma daquelas crenças de avó. Mas, segundo o cientista e pesquisador biomédico da Universidade de HarvardJeffrey Karp, ingerir alimentos saudáveis logo após acordar pode ser benéfico ao cérebro.

O cientista analisou os efeitos da ingestão de café. De acordo com Karp, as pessoas podem beber somente um ou dois copos por semana. O pesquisador alerta que consumir essa bebida com frequência pode causar transtornos de ansiedade e estresse, afetando a funcionalidade do cérebro. Um estudo da revista ‘Cerebral Cortex‘ revelou que uma xícara de café por dia pode, temporariamente, alterar o volume da massa cinzenta, parte do sistema nervoso central. “O consumo diário de cafeína, evidentemente, afeta nosso hardware cognitivo, o que por si só deveria dar origem a mais estudos”, explicou uma das autoras da pesquisa, Carolin Reichert, em comunicado. Confira a matéria completa.

*Texto sob orientação de Helena Gomes

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