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Escoliose: entenda mais sobre esta doença que, muitas vezes, pode ser assintomática

O ortopedista e cirurgião de coluna explica a importância do diagnóstico precoce, quais são os sintomas e como o tratamento é realizado

escoliose
Especialista fala sobre sintomas, tratamento e a importância do diagnóstico precoce – Canva Pro/Africa images

Nesta semana, o tema escoliose veio à tona por dois motivos. O primeiro é que a última quinta-feira (27) marcou o Dia Internacional da Escoliose Idiopática (EIA), já o segundo foi pela Princesa Eugenie. Ela publicou uma foto em sua conta do Instagram, mostrando sua cicatriz de quando fez uma cirurgia de escoliose. Pela popularidade, chamamos o ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein, Dr. Luciano Miller, para conscientizar sobre o assunto.

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O que é a escoliose?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4% da população mundial sofre de escoliose. Já no Brasil, aproximadamente 6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a condição. Sabe-se também que ela aparece mais em adolescentes do sexo feminino. Mas, afinal, o que é a condição?

Primeiramente, o especialista afirma que pode-se defini-la por uma curvatura anormal da coluna vertebral e pode ser divida em várias categorias. “A escoliose congênita é uma forma da doença em que a pessoa já nasce com a deformidade na coluna. Esse tipo resulta de malformações vertebrais presentes desde o nascimento. A escoliose idiopática, por sua vez, é frequentemente diagnosticada durante a adolescência, período de rápido crescimento, especialmente em meninas”, esclarece.

Muitas vezes, assintomática

Nos casos mais leves, o encurtamento não costuma apresentar sintomas e acaba sendo descoberto através de exames rotineiros. Porém, os casos mais relevantes podem causar dor nas costas, assimetria nos ombros e nos quadris e uma omoplata – também conhecida como asa das costas – mais ressaltada que a outra. Em situações graves (acima de 70 graus), o pulmão começa a se comprimir, diminuindo a capacidade respiratória.

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De exercícios físicos à cirurgia

O tratamento, normalmente, é simples. “Depende da idade, mas o acompanhamento regular e exercícios específicos podem ser suficientes. Em adolescentes, pode haver necessidade do uso de coletes ortopédicos para impedir a progressão. Entretanto, em circunstâncias de curvatura mais acentuada, a cirurgia pode ser necessária e a única saída, sendo a de fusão espinhal a mais utilizada”, detalha.

Por fim, Miller alerta: “A detecção precoce pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida dos pacientes, evitando complicações e melhorando os resultados do tratamento. Geralmente, não se pede ressonância, somente o exame físico e raio-X são suficientes”.

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