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Envelhecer bem: ‘Não iniciar um tratamento de combate à doença pode ser a melhor opção’

Published 28/11/2024
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As pessoas estão conseguindo viver por mais tempo; então é necessário pensar nos cuidados com os idosos e como ajudá-los a envelhecer bem - Canva Equipes/ carmonaguerrero

Na última terça-feira (26), John Tinniswood, também conhecido como o homem mais velho do mundo – segundo o Guinness World Records – morreu aos 112 anos. E a longevidade deste senhor chama a atenção para o fato de que a população está conseguindo, cada vez mais, atingir mais tempo de vida. Com isso, é inevitável pensarmos no cuidado com a saúde dessas pessoas para que possam envelhecer bem.

Cinco cuidados essenciais com a saúde do idoso

Para que a pessoa envelheça com saúde, existem alguns cuidados necessários. Confira:

E quando não tem mais jeito?

Às vezes, infelizmente, alguma doença acomete o idoso, como o câncer ou qualquer outra enfermidade incurável. E é impossível não se perguntar o que fazer nesses momentos?

A mestre e doutora em Direito pela PUC-Minas, Cynthia Araújo, escreveu o livro ‘A Vida Afinal‘ e decidiu abordar este tema. Ela acabou descobrindo que, mesmo que os pacientes recebessem os medicamentos necessários, morreriam um tempo depois, já que, normalmente, estavam no estado avançado da doença. Com isso, decidiu abrir uma discussão. O que seria melhor, deixar a pessoa viver da forma que desejava ou realizar tratamentos que poderiam tirar sua vontade de viver?

“Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, não iniciar um tratamento de combate à sua doença pode ser a melhor opção em diversos casos. A realidade que se impõe para os pacientes nem sempre é compartilhada com todas as nuances, e pode-se dar a impressão de que os tratamentos – muitas vezes dolorosos e extenuantes – podem dar resultados que não se concretizam ao longo do tempo”, diz Araújo.

E, já que, hoje, se exalta o papel do paciente na condução da própria saúde, ela vai além na reflexão: “Para mim, essa é a grande questão. Se eu acho que serei curado, é provável que use meu tempo para me tratar, no lugar de fazer outras coisas que eu faria se soubesse que minha vida está mais ou menos próxima do fim, pois existe uma decisão de abrir mão de parte do meu presente pelo futuro que imagino ter”.

E continua: “Mas se sei que não tenho essa perspectiva de futuro, há grandes chances de que eu só faça o mesmo tratamento se ele não ocupar muitas horas dos meus dias, se não me deixar enjoada, com mal-estar, se não me privar de coisas que eu gostaria de fazer antes de partir. Se, no fim das contas, não fizer com que eu me lembre o tempo todo da minha doença; com que eu me torne a minha doença”.

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