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Consumo excessivo de carne vermelha aumenta risco de demência? Saiba mais

Published 03/02/2025
carne vermelha

Estudo relaciona carne vermelha a demência - depositphotos.com / Hannamariah

Já dizia a minha avó: tudo em excesso faz mal. Um estudo recente confirma esta tese e sugere que o consumo de carne vermelha em excesso pode afetar a capacidade cognitiva e potencializar o risco de demência. Embora seja preliminar, a pesquisa sugere que substituir carne vermelha por outras fontes de proteína e ter uma alimentação balanceada pode ser benéfico para o bem-estar cerebral. O estudo foi publicado no periódico Neurology, no início deste ano, e se soma a novos debates científicos sobre os efeitos adversos do consumo excessivo desta proteína.

A investigação busca suprir uma lacuna nas evidências científicas a respeito de possíveis conexões entre carne vermelha e problemas cognitivos. Os autores argumentam que estudos prévios não conseguiram estabelecer ligações conclusivas entre o consumo de carne e distúrbios como a demência.

Demência x carne vermelha

Participaram da pesquisa cerca de 133 mil profissionais de saúde dos Estados Unidos. Nenhum deles tinha diagnóstico de demência no início do estudo. Ao longo do tempo, esses indivíduos responderam a questionários sobre seus hábitos alimentares. Depois, pesquisadores compararam os dados com diagnósticos de demência e perda cognitiva para identificar possíveis correlações.

Os resultados indicaram uma associação significativa entre o consumo de carne vermelha, especialmente a processada, e problemas cognitivos. Alimentos como salsichas e bacon apresentaram maior risco. Embora as carnes não processadas também fossem associadas a riscos, o impacto observado foi menor em comparação com as carnes processadas.

O estudo encontrou que indivíduos com maior consumo diário de carne vermelha processada tinham um risco 13% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que consumiam menos. Portanto, esse achado reforça a importância de moderar o consumo de carne vermelha.

Alimentação balanceada é a saída

Por fim, o estudo recomenda que o cardápio diário tenha outras fontes de proteínas, como peixes, ovos e legumes. Além disso, pesquisadores destacam que alternativas à base de plantas são benéficas para a saúde cognitiva ao longo do tempo. O estudo chama a atenção para o papel da alimentação saudável na redução dos riscos de declínio cognitivo.

 

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