Consumo excessivo de carne vermelha aumenta risco de demência? Saiba mais
Embora dados sejam preliminares, autores do estudo recomendam reduzir ingestão desse tipo de alimento e alternar com outras fontes de proteína
Embora dados sejam preliminares, autores do estudo recomendam reduzir ingestão desse tipo de alimento e alternar com outras fontes de proteína
Já dizia a minha avó: tudo em excesso faz mal. Um estudo recente confirma esta tese e sugere que o consumo de carne vermelha em excesso pode afetar a capacidade cognitiva e potencializar o risco de demência. Embora seja preliminar, a pesquisa sugere que substituir carne vermelha por outras fontes de proteína e ter uma alimentação balanceada pode ser benéfico para o bem-estar cerebral. O estudo foi publicado no periódico Neurology, no início deste ano, e se soma a novos debates científicos sobre os efeitos adversos do consumo excessivo desta proteína.
A investigação busca suprir uma lacuna nas evidências científicas a respeito de possíveis conexões entre carne vermelha e problemas cognitivos. Os autores argumentam que estudos prévios não conseguiram estabelecer ligações conclusivas entre o consumo de carne e distúrbios como a demência.
Participaram da pesquisa cerca de 133 mil profissionais de saúde dos Estados Unidos. Nenhum deles tinha diagnóstico de demência no início do estudo. Ao longo do tempo, esses indivíduos responderam a questionários sobre seus hábitos alimentares. Depois, pesquisadores compararam os dados com diagnósticos de demência e perda cognitiva para identificar possíveis correlações.
Os resultados indicaram uma associação significativa entre o consumo de carne vermelha, especialmente a processada, e problemas cognitivos. Alimentos como salsichas e bacon apresentaram maior risco. Embora as carnes não processadas também fossem associadas a riscos, o impacto observado foi menor em comparação com as carnes processadas.
O estudo encontrou que indivíduos com maior consumo diário de carne vermelha processada tinham um risco 13% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que consumiam menos. Portanto, esse achado reforça a importância de moderar o consumo de carne vermelha.
Por fim, o estudo recomenda que o cardápio diário tenha outras fontes de proteínas, como peixes, ovos e legumes. Além disso, pesquisadores destacam que alternativas à base de plantas são benéficas para a saúde cognitiva ao longo do tempo. O estudo chama a atenção para o papel da alimentação saudável na redução dos riscos de declínio cognitivo.