Esta segunda-feira, 23 de setembro, é o Dia Mundial de Combate ao Estresse. É uma doença silenciosa, que não costuma ser levada ‘muito a sério’. No entanto, pode trazer consequências devastadoras à saúde.
A data serve de alerta á população sobre as principais causas e sintomas. O cardiologista do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), Renato Mesquita, explica os malefícios ao organismo:
“O estresse pode levar ao infarto, elevando os níveis dos hormônios cortisol e adrenalina, causando aumento da pressão arterial, arritmia cardíaca, queda da imunidade, aumento do peso, entre outros diagnósticos, por isso, as pessoas devem ter cuidado”.
Neste sentido, reforçando o alerta, a psicóloga Tatiane Mosso lembra que o estresse pode ser uma resposta natural do corpo a desafios e ameaças. Porém, quando se torna crônico, pode trazer danos. “Pode desencadear uma série de problemas de saúde que ultrapassam as barreiras emocionais e podem levar a hipertensão, doenças de pele, arritmia e até doenças cardiovasculares graves, como infarto”, alerta.
Sintomas de estresse
De acordo com a psicóloga, o corpo e a mente não estão preparados para lidar com estresse contínuo. “Em algum momento, esse estado de alerta constante leva à exaustão e aumento da gravidade”, explica a especialista que alerta ainda para alguns sinais silenciosos que podem indicar estresse acima do limite:
- Dores de cabeça frequentes: Dores de cabeça tensionais, especialmente na testa ou na parte de trás do pescoço, são comuns em pessoas sob estresse;
- Problemas digestivos: Desconfortos como diarreia, constipação ou dores no estômago;
- Distúrbios no sono: Dificuldade em adormecer, manter o sono ou acordar frequentemente durante a noite pode ser um indicador de que a mente está sobrecarregada;
- Alterações de humor: Irritabilidade, impaciência e mudanças de humor súbitas, sem uma causa aparente;
- Falta de energia ou cansaço constante: Mesmo depois de uma noite de sono, a sensação de exaustão pode persistir já que estresse crônico desgasta o corpo, causando fadiga constante.
Procure ajuda
A secretária Bernadete Lima, de 52 anos, recorda que vivia irritada, sem motivo aparente, e chegou, inclusive, a perder algumas amizades. Ela explica como venceu esse mal e hoje vive uma nova rotina.
“Primeiramente eu procurei ajuda de um profissional e cuidei da minha mente. Passei a me amar e a buscar atividades prazerosas como uma atividade física, pintura em tela e mudei toda a minha rotina. Hoje sou outra pessoa e mais tranquila em algumas situações que antes me tirava do sério. As pessoas me chamavam de afobada, porque eu era muito agitada e isso me prejudicava bastante. A meditação também foi fundamental para o meu equilíbrio emocional”, revelou.