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Por que o controle do peso é importante para quem quer engravidar?

O excesso de peso corporal tem sido associado como fator de risco para infertilidade, mesmo entre mulheres com ciclos menstruais regulares

Por que o controle do peso é importante para quem quer engravidar – Foto de Lucas Mendes no Pexels

Estar acima do peso pode representar um risco de desenvolvimento de diversas doenças metabólicas, além de problemas como câncer e doença cardiovascular. Mas os muitos quilos a mais – ou a menos – na balança podem também interferir na fertilidade.

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“A ovulação e a função reprodutiva são eventos biológicos dependentes das reservas energéticas do corpo. Não só o peso em específico, mas principalmente a composição corporal e a distribuição de gordura no corpo, além da qualidade da dieta e o sedentarismo, podem, sim, estar ligados à infertilidade feminina”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana.

Por que o controle do peso é importante para quem quer engravidar?

Especificamente sobre o excesso de peso corporal, o médico explica que ele está associado a distúrbios do ciclo menstrual e infertilidade, especialmente porque interfere na fase de ovulação. “Sabemos que os distúrbios ovulatórios representam 25 a 50% de todas as causas de infertilidade em mulheres, e uma proporção significativa está direta ou indiretamente relacionada ao sobrepeso e à obesidade”, conta o médico.

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Quando ocorre a gravidez, aumenta-se o risco de diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gestação). O especialista enfatiza que a mulher que deseja engravidar, se apresentar alterações metabólicas como obesidade e resistência insulínica ou histórico familiar de diabetes, deve ser orientada quanto aos riscos do desenvolvimento de diabetes gestacional e encorajada a fazer mudanças imediatas no hábito alimentar, como a redução no consumo de açúcares, e praticar atividades físicas, para ajudar nas chances de concepção e na prevenção de doenças durante a gestação.

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“Uma perda de 5 a 10% do peso já é suficiente para ajudar a regular o ciclo menstrual, restaurar a fertilidade e evitar os riscos na gravidez”, diz o médico.

Outro ponto importante é o risco de desenvolver tumores no útero, como a hiperplasia ou câncer de endométrio, que estão relacionados com a anovulação crônica.

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“Quando não acontece a ovulação, não há progesterona sendo produzida e então o endométrio não descama e não acontece a menstruação. Esse endométrio (tecido que reveste o útero) pode continuar crescendo bastante, o que eleva o risco de alterações nas células, gerando hiperplasia ou mesmo câncer de endométrio”, explica.

“O melhor a fazer é buscar ajuda médica de um especialista em Reprodução Humana, bem como readequar a dieta com orientação de um nutricionista e, de preferência, buscar fazer atividade física supervisionada por um professor. Mas, se não for possível a supervisão, é importante que a paciente com sobrepeso comece devagar, com caminhadas ou atividades mais leves. Qualquer atividade física que aumente o gasto calórico já é vantajosa quando aliada com uma reeducação alimentar”, finaliza o médico.

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