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Fome emocional: quem come mais, chora menos – FREEPIK

Quantas vezes você já pensou: “Eu estou com fome, mas não sei bem de quê”?

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Bom, se você sente fome de algo específico, já não é fome, é desejo, é necessidade de suprir alguma carência, ou até mesmo pode ser medo enfrentar uma lembrança. Quem nunca enterrou suas mágoas em um pote de sorvete ou em uma barra de chocolate? Já reparou que nunca consolamos nossas tristezas ou nossa ansiedade comendo uma cenoura, um pé de alface ou tomando um suco verde? Pois é, e isso tem um por que e não se trata de uma coincidência!

O problema é que depois de devorar aquela caixa de chocolates parece que nos sentimos melhor e acabamos passando a mensagem errada para nosso cérebro: “Se eu comer mais, eu choro menos!”. Estamos lidando com nossas emoções alimentando-as através da fome emocional e esse é um vício que precisa tratamento.

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Afinal o que é a fome?

Fisiologicamente, a fome é um sinal de que nosso organismo precisa energia, de que é necessário ingerir alimentos para suprir os nutrientes necessários para a sobrevivência. A comida sempre foi parte essencial das relações humanas e está associada a momentos de confraternização, sensações de prazer e comemorações. Assim, ela assume um papel importante dentro da nossa cultura. Dessa forma, muito mais que o aporte nutricional, a busca por alimento passou a ser uma estratégia para buscar conforto e prazer, por isso que esse comportamento pode ser diretamente influenciado pelo nosso estado emocional.

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Fome emocional

Como o próprio nome diz, acontece quando se come a partir de emoções: você come porque está alegre, triste, ansioso, raivoso, cansado, entediado, com baixa autoestima, estressado e/ou deprimido. Sentimentos negativos promovem o estresse, alterando o humor e afetando nosso comportamento alimentar. O comer se torna um alívio instantâneo, uma tentativa de fugir dos sentimentos negativos e uma válvula de recompensa. Qualquer emoção que cause a busca por alimentos pode ser um gatilho para a fome emocional, para um consumo rápido e nem sempre feito de forma consciente de alimentos que dão uma sensação de conforto e recompensa. Embora prazerosos, no entanto, não dão uma satisfação por completo em virtude das emoções, muito menos resolvem o problema pelo qual está atravessando.

Geralmente a fome emocional é de algo específico e o “alimento” que vai suprir essa necessidade emocional está associado ao seu cérebro a conforto e prazer, por isso na maioria dos casos os doces acabam sendo a preferência na escolha.  O problema é que fontes de carboidratos simples quase nunca geram saciedade após sua ingestão e ao serem ingeridos, esses alimentos promovem aumento da glicose (açúcar) na circulação sanguínea, o que pode gerar a sensação de prazer e a compensação dessas decepções, tristezas, inquietações, perdas e ansiedade, gerando um ciclo vicioso de busca e recompensa.

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Quando cedemos a esses pensamentos com frequência, surgem os sentimentos de culpa, que agravam ainda mais os quadros de estresse e ansiedade, sem falar no aumento de peso corporal – fator que agrava ainda mais a baixa autoestima, depressão e compulsão alimentar. 

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Por que essa vontade de comer doces?

Através da alimentação podemos também estimular o hipotálamo, a região no nosso cérebro que modula a síntese e liberação de hormônios e neurotransmissores relacionados com a regulação do apetite e humor. Os carboidratos aumentam a liberação de insulina que, por sua vez, facilita a passagem do aminoácido triptofano para o cérebro, favorecendo a síntese de serotonina, hormônio responsável por regular o humor e a promover sensação de bem-estar. Já a ingestão de açúcar com gordura, combinação mais comum nos alimentos utilizados para saciar a fome emocional, estimula a síntese de dopamina e noradrenalina, que melhoram o estado de humor e motivação, além de reduzir os sentimentos associados à ansiedade e depressão. Por isso quando estamos em desiquilíbrio emocional nosso organismo “pede” açúcar, uma vez que ele já entendeu que assim é possível compensar esse desiquilíbrio. Esses mecanismos, quando ativados em excesso, promovem o famoso “efeito sanfona”, um dos principais obstáculos para a manutenção do peso corporal.

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Efeitos negativos da fome emocional

Ao ingerir uma alta quantidade de carboidratos, o pâncreas libera muita insulina, o que pode levar a hipoglicemia (baixa quantidade de glicose no sangue) e promover maior resistência a insulina e maior risco de desenvolvimento de um quadro diabético. Além disso, a fome emocional pode criar um ciclo vicioso entre comer compulsivamente alimentos calóricos e que não geram saciedade, correndo o risco de gerar dependência emocional. Esse ciclo aumenta a ingestão desnecessária de alimentos calóricos, contribuindo para o acúmulo de gordura e aumento do peso corporal – fatores que predispõem problemas metabólicos e psicológicos.

O que pode ser feito?

Manter hábitos e relacionamentos saudáveis, praticar exercícios físicos regulares, meditar e adequar o sono são a base de qualquer tratamento onde o equilíbrio emocional é a chave, todos sabemos disso. Além disso, alimentos ricos em triptofano como leite, aveia, banana, mel, nozes são bem vindos já que podem ajudar a melhorar os níveis de serotonina – o neurotransmissor responsável por comunicar a sensação de bem-estar.
A compulsão por alimentos é um vício e deve ser tratado com igual atenção. Os sentimentos negativos são gatilhos para a fome emocional e contribuem para o aumento do apetite e a ingestão de alimentos, logo o primeiro passo é identificar esses gatilhos e tentar mudar o foco quando esses surgirem, claro que isso não é fácil, até porque o simples fato de reconhecer e encarar os gatilhos já é motivo para atacar a geladeira. Logo, a ajuda de um psicólogo vem muito bem como linha de tratamento, já que não adianta tratar o peso, a diabetes, etc. se a fonte do problema está ali enchendo a sua piscina emocional todos os dias.

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Outra linha de tratamento que vem muito bem são os Florais, sejam de Bach, Minas, Saint Germain ou Alaska, eles auxiliam na busca do equilíbrio interior. Sempre digo que os florais não trazem a solução para os problemas, mas conseguem fazer com que tenhamos uma nova perspectiva sobre os mesmos e quem sabe aí não venha a solução. Procure um terapeuta floral!

A suplementação com fitoterápicos também são uma alternativa, visto que tem se mostrado efetiva para reduzir esse ciclo vicioso, algumas plantas podem promover a saciedade e reduzir os sintomas associados ao estresse e ansiedade. Dentre essas plantas, podemos citar os tubérculos de batata branca, a camomila, o manjericão e o ginseng indiano, entre outros. Assim, a utilização da suplementação adequada para o momento que você está vivendo pode auxiliar no controle da fome emocional e, consequentemente, no gerenciamento do peso corporal. Evite a automedicação, essas suplementações devem ser orientadas por profissional da saúde (médico, farmacêutico e/ou nutricionista) e devem ser prescritas na forma de tinturas, extratos fluídos ou mesmo cápsulas que são adquiridas em farmácia de manipulação, assim como os florais.
Não veja a compulsão como um hábito normal, ela pode ser um vício e o vício tem somente como recompensa o arrependimento. Reconhecer que você precisa de ajuda é o primeiro passo. Bom tratamento!

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