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Alergia e intolerância alimentar: diferenças e tratamentos naturais – FREEPIK

Correria, estresse e má alimentação são alguns dos problemas que marcam a nossa chamada ‘vida moderna’. Amarrada a eles, estão todas as consequências que vão desde problemas intestinais até depressão! É raridade hoje em dia encontrar alguém que não sofra, entre tantos problemas, as consequências dessa vida desregulada com algum tipo de alergia ou intolerância alimentar. Mas, será que você é mesmo intolerante ou alérgico? Como saber? 

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Muitos acreditam que se tratam da mesma coisa, já que os sintomas podem ser parecidos e – os alimentos que causam as reações – podem ser os mesmos. Mas, são problemas diferentes, com causas e tratamentos diferentes.

A primeira coisa a se saber é que a principal diferença entre alergia e intolerância alimentar é justamente a resposta que nosso organismo sofre quando entra em contato com o alimento.

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ALERGIA X INTOLERÂNCIA: afinal, quais as diferenças entre as duas?

Na alergia, ocorre uma reação anormal do sistema imunológico, o alimento é interpretado como um corpo estranho e produz anticorpos, há uma resposta imunológica imediata, com sintomas generalizados como urticária, vermelhidão e coceira intensa na pele, vômitos, diarreia, inchaço no rosto ou língua e até mesmo dificuldade para respirar e febre. Além disso, esses sintomas surgem imediatamente mesmo quando ingeridos em pouca quantidade. E se forem realizados testes na pele, o resultado já será positivo.

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Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a alergia é mais comum em crianças, com prevalência de aproximadamente 6% em menores de três anos. Em adultos, a incidência é de 3,5%, sendo que 2,2% se referem à alergia à proteína do leite de vaca.

Já a intolerância é a dificuldade do corpo em ingerir ou absorver algum nutriente, geralmente devido à falta de alguma enzima, que são as responsáveis pela digestão e processamento dos alimentos. Os sintomas surgem principalmente no sistema gastrointestinal, como dor no estômago, inchaço da barriga, excesso de gases intestinais, sensação de queimação na garganta e vômitos e diarreia. Diferente da alergia, que gera resposta imediata os sintomas que podem demorar mais de 30 minutos para surgir, sendo mais graves se a quantidade de alimento ingerido for maior. Se forem realizados testes de alergia na pele nestes casos, eles não apresentam alteração.

As causas da intolerância podem variar, sendo: verminoses, uso excessivo de antibióticos, que podem alterar a microbiota (flora intestinal) e algumas doenças crônicas intestinais, que podem ser reversíveis e corrigidas nos primeiros episódios desses casos.

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A intolerância alimentar é muito mais frequente do que a alergia, mesmo que não exista histórico familiar. Já a alergia alimentar geralmente é um problema mais raro e hereditário que aparece em vários membros da mesma família. 

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Sobre os dois distúrbios mais comuns:

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Intolerância à lactose

Os sintomas decorrem da incapacidade total ou parcial do organismo de produzir a lactase (uma enzima que quebra a lactose – o açúcar dos produtos lácteos) fazendo com que ela se acumule no intestino e seja fermentada pelas bactérias que vivem ali. Essa fermentação gera o mal-estar.

A intolerância pode surgir por diferentes maneiras, sendo a mais comum a redução natural da concentração de lactase com o avançar da idade. O bebê, que se alimenta exclusivamente do leite, fabrica largas doses de lactase. Conforme a criança vai crescendo e outros alimentos entram no cardápio, sua produção diminui aos poucos.

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A intolerância à lactose pode ter origem genética, embora rara e também pode surgir quando micro-organismos ou um processo inflamatório atacam as células intestinais responsáveis por gerar a lactase.

Infecções intestinais podem ocasionar o que os especialistas chamam de intolerância transitória, ou seja, após tratada o quadro da intolerância é revertido, mas por outro lado, os medicamentos utilizados para tal, como os antibióticos, fragilizam o intestino.

Além disso, obviamente, a restrição a leite e derivados com lactose deve ter orientação médica e a principal dica para quem sofre deste distúrbio é nunca tomar o leite em jejum. Se o leite for ingerido acompanhado de outros alimentos, a digestão fica mais lenta fazendo com que a lactose chegue aos poucos no intestino delgado, facilitando assim, o trabalho das poucas moléculas de lactase que estão por lá.

O intolerante à lactose deve investir em uma dieta com verduras, frutas e cereais integrais que facilitam o trânsito intestinal e melhoram a qualidade da sua flora intestinal. O organismo mais saudável fica menos propenso a gases e cólicas, mesmo com a presença de lactose não digerida. Os probióticos também são bem vindos!

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Doença celíaca

Depois da intolerância à lactose, a doença celíaca é uma doença autoimune que tem como causa a intolerância permanente ao glúten, proteína que está presente no trigo, centeio e cevada. Geralmente essa doença se manifesta na infância, entre o primeiro e terceiro ano de vida, mas pode surgir em qualquer idade, até mesmo em adultos. Em pessoas com tendência genética, o glúten causa uma inflamação no intestino que leva à má-absorção dos nutrientes gerando vários problemas.

O tratamento é a exclusão total dos alimentos que contenham glúten, dieta que deve ser seguida por toda a vida, mas pode se substituir o glúten por outros alimentos à base de arroz, milho, batata, amêndoas, soja chia, grão de bico, quinoa e mandioca. No entanto, a recomendação é para procurar um especialista, preferencialmente nutricionista, para a construção de uma dieta equilibrada, conforme a necessidade de cada pessoa.

Tratamentos naturais podem ser utilizados

Homeopatia

A homeopatia sempre é bem vinda. Para indicar o medicamento homeopático nos casos de alergia ou intolerância alimentar faz-se um levantamento dos aspectos mentais do indivíduo, seus sinais e sintomas e uma pesquisa minuciosa sobre os alérgenos aos quais ele se expõe e como reage. Com todos esses dados em mãos, faz-se a prescrição do medicamento homeopático pelo profissional médico ou farmacêutico homeopata habilitado. Os medicamentos homeopáticos tratam o problema introduzindo o mesmo agente patogênico que causa a doença, como o uso, por exemplo, do leite diluído a fim de combater a sensibilidade àquela substância.
A homeopatia não pode curar a alergia, mas pode atenuar ou amenizar o quadro, de modo que a pessoa leve anos ou décadas sem sintomas. Mas, a alergia é algo da constituição do indivíduo e não pode ser mudada, pelo menos até o presente momento.

Probióticos

Estudos revelam que há diferenças significativas na flora intestinal de indivíduos que sofrem com alergias alimentares em relação à flora intestinal dos livres de alergias. Na microbiota de pessoas alérgicas a alimentos, variedades bacterianas benéficas à saúde como Bacteroides,  Enterobacteria, Bifidobacteria  e Lactobacillus são reduzidas.

Estas bactérias interagem com o sistema imunológico através da mucosa do intestino e ajudam a promover uma tolerância imunológica aos alimentos. Em bebês e crianças, a redução de lactobacilos é acompanhada do aumento de Staphylococcus aureus e é associada a alergias ao ovo e ao leite. Se houver redução nos níveis de L. rhamnosus, L. casei, L. paracasei e Bifidobacterium adolescentis nos primeiros meses, aumentam os riscos de surgirem alergias alimentares ao leite e à clara de ovo.

Vários estudos mostram que probióticos são capazes de prevenir a sensibilização induzida por alergias alimentares e reduzir significativamente a incidência de sensibilização a alérgenos alimentares comuns.

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Entre outras atividades, os probióticos promovem maior tolerância aos alimentos, modulam e fortalecem o sistema imunológico como um todo, reduzem a permeabilidade intestinal, aumentam a IgA intestinal (uma imunoglobulina associada à tolerância imunológica e à redução no risco de alergias mediadas por IgE) e revertem intolerâncias alimentares por eliminarem bactérias patogênicas e reduzirem a inflamação intestinal.  

Associados a uma dieta com alimentos integrais e rica em nutrientes, os probióticos melhoram o estado de saúde e aprimoram a qualidade de vida, mas devem ser prescritos por profissional da saúde habilitado, pois se for feito uso das cepas probióticas erradas e em quantidades erradas, o problema pode até mesmo ser agravado. Evite a automedicação!


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