A bioquímica Jessi Inchauspé defende, no livro A Revolução da Glicose, que devemos iniciar as refeições pelos vegetais, depois proteínas, gorduras, e, por último, carboidratos e açúcares
Muitas vezes, na correria do dia a dia, deixamos de dar a devida atenção à alimentação. Não somente ingerimos comidas que não fazem bem à saúde, como, de acordo com a bioquímica Jessi Inchauspé, comemos de forma errada. No livro ‘A Revolução da Glicose‘, ela defende que a ordem de ingestão dos alimentos pode influenciar na maneira com que aquela comida agirá no nosso corpo.
Para o jornal O Globo, a escritora afirmou que é fundamental consumir primeiro vegetais, depois proteínas, gorduras, e, por último, carboidratos e açúcares. Segundo a especialista, essa ordem atua na regulação dos níveis de açúcar no sangue e previne doenças, como diabetes, problemas de visão e transtornos cardiovasculares.
Jessi Inchauspé, no entanto, não é a única a defender a relação entre a ordem que comemos e os benefícios à saúde. Profissionais da área explicam que isso acontece porque a maioria das pessoas tem o costume de ingerir açúcar e alimentos com um alto índice glicêmico. Esses geram picos de glicose e insulina, que causam cansaço. A exaustão, por sua vez, faz com que o hábito da má alimentação siga na rotina.
Em entrevista ao portal Terra, a diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, Marcella Garcez, ainda cita a obesidade como um risco desse ciclo vicioso. “O principal problema das alimentações que geram picos de açúcar no sangue é o risco aumentado de desenvolver resistência à insulina e, eventualmente, diabetes tipo 2 e obesidade. Além disso, evitar picos de glicemia pode ajudar a regular o apetite e reduzir o consumo excessivo de calorias, diminuindo, assim, o acúmulo de gordura corporal”, explicou.
Além de comer na ordem correta, outras formas de prevenir doenças são através de uma alimentação balanceada – com frutas, verduras, legumes, cereais integrais e feijões – e de exercícios físicos. Por isso, a Organização Mundial de Saúde recomenda a prática de, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana.
*Texto sob orientação de Helena Gomes
