Uma pesquisa, realizada pelo Ministério da Saúde, mostrou que a população brasileira está consumindo cada vez menos feijão. Um dos motivos pode ser o mito de que o alimento engorda. Porém, para aqueles que acreditam nisso, uma pesquisa mostrou que ele não só não contribui para o ganho de peso como ajuda a combater a obesidade. Entenda mais a partir da publicação da Agência Einstein.
Consumo e IMC
O estudo, publicado no periódico científico Nutrition Journal, aponta que a ingestão da leguminosa faz com que o Índice de Massa Corporal (IMC) seja menor. “Isso mostra que quem consome feijão tem melhores resultados relacionados ao peso se comparados a quem não come”, afirma o pesquisador e nutricionista Yanni Papanikolaou, autor do trabalho.
Os profissionais recrutaram mais de 44 mil adultos que tinham uma dieta equilibrada, contando com nutrientes como fibras, potássio, ferro e magnésio. “Os maiores consumidores de feijão pesavam 2,5 quilos a menos e apresentavam uma cintura 2,3 cm menor do que os que o evitavam”, conta Papanikolaou.
Não é só o feijão
Apesar de os estudos terem sido feitos para avaliar os benefícios do feijão, a nutricionista Mariana Staut Zukeran, do Hospital Israelita Albert Einstein, chama atenção para a forma que se alimentavam antes do experimento: “Essa nova pesquisa reforça algumas das qualidades nutricionais das leguminosas. Grãos como feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha contribuem para o aporte proteico diário, equilibrando o consumo entre proteínas animais e vegetais”.
Por fim, Yanni também chamou atenção para a presença das fibras, que contribuem para a microbiota intestinal e prolongam a saciedade. “Evidências sugerem que uma maior ingestão de fibra alimentar está associada à redução do risco de doenças cardíacas, diabetes e certos tipos de câncer”, finaliza.
