Leões resgatados na Ucrânia ganham novo lar em santuário

Os animais Rori, Amani, Lira, Vanda e Yuna, que viviam nas proximidades das zonas de guerra, agora, recebem tratamento do Big Cat Sanctuary, na Inglaterra

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Os leões Rori, Amani, Lira, Vanda e Yuna, que viviam em zonas de guerra na Ucrânia, agora, recebem tratamento em sua nova casa, na Inglaterra – Reprodução/Youtube

O início de uma nova vida! Cinco leões, em condições de maus-tratos e abandono, foram resgatados da Ucrânia e encaminhados para o santuário Big Cat Sanctuary. O local, situado no sudeste da Inglaterra, abriga cerca de 40 felinos de 11 espécies diferentes.

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Leões eram vítimas do tráfico

De acordo com os profissionais, os animais Rori, Amani, Lira, Vanda e Yuna, viviam sob exploração. Inicialmente, eles teriam sido retirados da vida selvagem para se tornarem alvos do tráfico. Após a venda, os leões moraram em zoológicos e, até mesmo, apartamentos, onde eram expostos como atração aos turistas. No entanto, com a guerra, os responsáveis por eles fugiram, os deixando sozinhos nas proximidades das zonas de combate.

Foi nesse momento que o abrigo Wild Animals Rescue Centre, de Natalia Popova, surgiu com a esperança de um recomeço. A ativista, que já resgatou centenas de animais mantidos em cativeiro desde o início do conflito entre Ucrânia e Rússia, em 2022, foi quem salvou os leões e os manteve sob cuidados no país. Além disso, ela arquitetou uma operação internacional para garantir que eles tivessem um novo lar.

Para isso, Popova entrou em contato com o santuário inglês. Entretanto, a organização não possuía estrutura para receber os leões. Como solução, a mulher organizou uma arrecadação e conseguiu mais de 500 mil libras (cerca de R$ 3,2 milhões) para cobrir os custos de transporte e da construção de uma recinto especial para os felinos.

Recuperação

Assim, em março deste ano, após uma viagem de 12 horas, Rori, Amani, Lira e Vanda chegaram ao Centro de Resgate de Leões, onde Yuna já vivia desde agosto. Em entrevista à ‘Associated Press‘, o diretor do local, Cameron Whitnall, contou que, quando chegou, a leoa estava tão traumatizada por ter presenciado o confronto, que não conseguia andar.

“Estava sofrendo de choque de granada e concussão. Estava tão gravemente mal que eles realmente iriam sacrificá-la. Mas conseguimos intervir e tirá-la da zona de guerra, e ela simplesmente deu saltos e saltos desde que chegou aqui no santuário. Estamos muito felizes com o progresso dela”, detalhou.

A história, enfim, teve um desfecho feliz. Isso porque, agora, os cinco felinos estão juntos em um habitat seguro, onde recebem os cuidados que merecem. “Tenho certeza de que é uma jornada. Temos mais a fazer, mas eles estão levando tudo muito bem. Você já pode dizer que há uma melhora em seus cuidados e bem-estar e a maneira como eles se sentem sobre isso”, disse Briony Smith, que cuida dos animais, à agência.

 

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*Texto feito sob supervisão de Helena Gomes