Sobrevivente do Holocausto é estrela da capa da Vogue Alemanha
Nascida em Berlim, a família de Margot Friedländer foi desmembrada, com a mãe e o irmão sendo tragados pelos horrores de Auschwitz, onde perderam suas vidas
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Em uma edição que promete emocionar e inspirar, a Vogue Alemanha de julho/agosto decidiu trazer uma figura impressionante para sua capa: Margot Friedländer, uma sobrevivente do Holocausto de 102 anos. Este destaque não é apenas um reconhecimento de sua história de vida extraordinária, mas também uma celebração do poder da resiliência humana frente às maiores adversidades.
Margot nasceu em Berlim e enfrentou os horrores do regime nazista desde jovem. Seu relato, marcado por perdas e desafios, transforma-se em exemplo do que significa superar e seguir adiante. No decorrer da Segunda Guerra Mundial, a família de Friedländer foi desmembrada, com a mãe e o irmão sendo tragados pelos horrores de Auschwitz, onde perderam suas vidas.
Como Margot Friedländer encontrou forças para sobreviver?
Após a perda de seus familiares, Margot teve que se esconder e, apesar de ser traída e enviada ao campo de concentração de Theresienstadt em 1944, sua vontade de viver e honrar a mensagem final de sua mãe a manteve de pé. “Tente melhorar a sua vida”, foram as palavras deixadas para Margot, um mantra que ela seguiu fervorosamente ao longo de sua existência.
A importância do testemunho na Vogue Alemanha
Friedländer expressou profunda gratidão por ter a oportunidade de compartilhar sua jornada. A matéria especial não apenas detalha os terríveis eventos de sua juventude sob o Nazismo como também celebra suas conquistas enquanto educadora e ativista do Holocausto. A capa da revista ainda conta com a palavra “amor”, escrita pela própria Friedländer, simbolizando sua mensagem vitalícia de perdão e esperança.
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A história de vida de Margot Friedländer é um poderoso lembrete do impacto que uma pessoa pode ter no mundo. Apesar de todas as adversidades, ela escolheu promover diálogo e compreensão entre as diferentes gerações e culturas. Sua determinação em educar sobre os horrores do Holocausto e sua habilidade em se manter otimista são fontes de inspiração.
Por várias vezes ao longo do último ano, Friedländer conversou com jovens e adultos sobre a importância de manter viva a memória do Holocausto para que tragédias semelhantes nunca se repitam. Aos 102 anos, ela prova que é possível transformar o sofrimento em uma força motriz para a mudança positiva. A resiliência de Margot Friedländer não apenas moldou sua vida mas também promete moldar as perspectivas de quem ouve sua história.
A chefe de conteúdo editorial da revista, Kerstin Weng, ressaltou como Margot representa amor e unidade, algo que transcende gerações e circunstâncias. É uma verdadeira honra para a revista poder contar uma história tão pungente e fundamental, oferecendo uma fonte de aprendizado e reflexão para todos os seus leitores.
*Matéria originalmente publicada em Perfil Brasil*
