Simone Biles volta ao topo do mundo após bloqueio mental em Tóquio

Após desistência em 2020 por questões de saúde mental, ginasta recupera trono nos Jogos Olímpicos de Paris

Simone-Biles
Quem vê o sorriso de Simone Biles não imagina os desafios que teve que superar – Naomi Baker/Getty Images

Simone Biles voltou ao topo do pódio do individual geral na Olimpíada de Paris. Contudo, quem vê a jovem ginasta sorridente com a conquista pode não lembrar que, há alguns anos, o maior inimigo era outro: a saúde mental.

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A americana de 27 anos, hoje, se junta a outras duas lendas da modalidade que ganharam dois ouros na prova: a soviética Larisa Latynina e a tcheca Vera Caslavska, maiores medalhistas olímpicas da ginástica feminina. Nenhuma atleta na história conseguiu o tricampeonato. Uma conquista que vai além, já que com este pódio, muitos fantasmas foram afugentados.

 

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Simone Biles: pausa na carreira para cuidar da saúde mental

Quem assitia à performance de Biles na terça-feira (30),  viu que ela respirou fundo enquanto estava no final de uma pista de 25 metros na competição em equipe, disposta a recuperar o título que haviam perdido em Tóquio. A ginasta sofreu com os chamados “twisties”, uma perda repentina de orientação espacial que pode acontecer quando as ginastas giram no ar.

Assim, ela desistiu das finais do individual na Olimpíada de Tóquio-2020, gerando perplexidade geral. Ali, a pressão era gigantesca, já que era a favorita.

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Em entrevista antes da Olimpíada de Paris, Biles lembrou o bloqueio:“Senti como se tivesse chegado ao topo aos 19 anos e fiquei com medo de pensar no resto da minha vida. Eu disse a mim mesma: ‘Não sei se posso fazer isso de novo’.”

Foi lá e fez.