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Pesquisadores descobrem túmulo de criança africana datado de 78 mil anos, o mais antigo do continente

A descoberta foi feita em uma caverna na região de Panga ya Saidi, localizada próxima da costa sudoeste do Quênia

Pesquisadores descobrem túmulo de criança africana datado de 78 mil anos, o mais antigo do continente – Foto: Jorge González / Elena Santos / Nature – Foto: Fernando Fueyo/Nature

Pesquisadores descobriram o que pode ser o túmulo mais antigo da África. Se trata de uma sepultura de uma criança com aproximadamente 78 mil anos. Os estudos sobre a ‘novidade’ arqueológica foram publicados no dia 5 de maio, quarta-feira, na revista científica Nature.

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A descoberta foi feita em uma caverna na região de Panga ya Saidi, localizada próxima da costa sudoeste do Quênia, a cerca de 15 km do Oceano Índico nas colinas de calcário Dzitsoni. Vale lembrar que esta é uma área famosa entre os arqueólogos, conhecida como ‘depósito’ de artefatos da Idade da Pedra Média, Idade da Pedra Posterior e Idade do Ferro.

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Para a agência de notícias britânica Reuters, a arqueóloga e diretora do Instituto alemão Max Planck para a Ciência da História Humana, Nicole Boivin, explicou sobre os rituais relacionados à morte: “Todos esses comportamentos são, é claro, muito semelhantes aos observados em nossa própria espécie hoje, então podemos nos relacionar com esse ato mesmo que as datas de sepultamento sejam de 78 mil anos atrás”.

A jovem sepultado que recebeu o apelido de ‘Mtoto’, que significa em português simplesmente “criança”, tinha entre 2 e 3 anos, teve seu corpo enrolado em um pedaço de pano e a cabeça apoiada em uma espécie de travesseiro para o enterro.

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María Martinón-Torres, diretora do Centro Nacional de Pesquisas em Evolução Humana (CENIEH) da Espanha, explicou: “A criança foi enterrada em um local residencial, perto de onde vivia esta comunidade, evidenciando como a vida e a morte estão intimamente relacionadas. Só os humanos tratam os mortos com o mesmo respeito, consideração e até ternura com que tratam os vivos. Mesmo quando morremos, continuamos a ser alguém para o nosso grupo”. As informações são do portal G1.

Além de ‘Mtoto’, outras ferramentas como pontas de pedra, que poderiam ser usadas como lanças, foram achadas enterradas no mesmo local. A partir disto, os pesquisadores acreditam que a criança fazia parte da comunidade de caçadores e coletores local.

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