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Mergulhadores trabalham para destruir corais invasores que ameaçam o litoral sul de SP – Foto: Divulgação/Clecio Mayrink

Foram localizados por mergulhadores no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, litoral sul do estado de São Paulo, a cerca de 42 km das praias santistas, mais de 150 kg de corais-sol, espécie invasora considerada uma ameça para a flora e fauna marinha.

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Até este momento, dia 21 de setembro, cerca de 10% de todo o calculado, ou seja, o equivalente a 15 quilos de corais-sol, já foi retirado pelos profissionais. Os mesmos alegam que este é um processo lento e deve ser feito com um grande cuidado.

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Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, os pesquisadores em conjunto com o Quero Mergulho e com a administração do parque estadual tiveram suas atividades suspensas pelo período de quatro meses. O retorno ocorreu no último final de semana, para a retirada não apenas dos corais-sol, mas também de lixo e utensílios de pescaria, como linhas, anzóis e cordas.

“Nós já conhecemos as áreas de maior incidência, então, seguimos direto para lá. Tem alguns lugares em que a infestação está bem preocupante. O coral-sol é uma espécie invasora, nativa do Oceano Pacífico. Ainda não temos comprovação de como chegou aqui no litoral, mas acreditamos que seja por causa da limpeza de lastros de navios”, explica Paula Romano, monitora ambiental do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos.

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Estudos apontam que o coral-sol chegou ao Brasil na década de 1980, provavelmente incrustado em algumas plataformas utilizadas para a exploração de petróleo, estruturas essas fabricadas no exterior e rebocadas para serem utilizadas na costa nacional. Desde então, apesar do visível esforço dos mergulhadores, sua proliferação nunca foi freada completamente.

“O coral-sol invade o espaço que seria dos corais brasileiros e acaba matando a espécie nativa. Ele é lindo, mas muito danoso […] É difícil falar em retirar tudo, porque já está impregnado no nosso litoral. Conseguimos tirar cerca de 10% desta vez, porque é um trabalho muito duro. Quando retiramos da Laje de Santos, os pólipos navegam pelo oceano e param em algum outro lugar. O que fazemos é retirar o máximo possível para não proliferar demais. É difícil combater essa invasão.”, conclui a profissional.

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