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Médica de 26 anos autista dirige hospital de campanha em Porto Velho, Rondônia

A médica Larissa Assunção lidera equipe do hospital de campanha na Zona Leste de Porto Velho, em RO

Larissa Assunção lidera hospital de campanha na capital rondonense – Facebook/ Pixabay

A médica Larissa Rodrigues Assunção, de 26 anos, está dirigindo um hospital de campanha na capital de Rondônia, Porto Velho, durante a fase mais grave da pandemia da covid-19 no país. Jovem e autista, a médica tem uma rotina de muitas responsabilidades, no entanto, nenhum destes fatores a impediram de realizar sua profissão, liderar equipes e tomar decisões. 

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A família de Larissa percebeu logo na infância que a jovem tinha dificuldades de relacionar-se, interagir com colegas e professores e chegou a sofrer bullying por conta destas dificuldades. Apesar das dificuldades de interação, os pais contam que Larissa era uma criança brilhante, o que a levou a conquistar uma das profissões mais admiradas. 

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Ainda na infância ela foi diagnosticada com transtorno de espectro autista e em entrevista ao TAB UOL, ela contou sua trajetória até a liderança de um hospital de campanha em um momento tão delicado da humanidade: “Decidi fazer medicina em Rondônia pois tenho paixão pela Amazônia, pela parte antropologicamente rica de uma cultura tão particular. Aproveitei que tenho uma tia médica aqui, e de súbito, em 2 meses estudei um pouco e ingressei”

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Depois de se formar em medicina na Unifimca (Centro Universitário Aparício de Carvalho), Larissa foi mais longe e emendou uma pós-graduação em neurociências na Universidade Duke, nos EUA. No entanto, ela ainda não parou e continuou os estudos e hoje finaliza duas especializações, uma em neuroimagem pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e outra em psiquiatria pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).

“A pandemia me transformou. Sempre fui empática em acolher e ajudar, mas a vivência atual modificou a forma como enxergo o mundo e as minhas reais necessidades. Não tive outra escolha a não ser ficar e trabalhar. Meu trabalho também é fonte de sustento à minha família. Ajudo meu irmão, que também estuda medicina”, contou ela em entrevista ao UOL. 

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