Em dez anos, presença de idosos no ensino superior aumentou
De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, os idosos na faixa etária de 60 anos ou mais registraram o maior crescimento nas matrículas nas modalidades presenciais e EAD

De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, os idosos na faixa etária de 60 anos ou mais registraram o maior crescimento nas matrículas nas modalidades presenciais e EAD
É como dizem: nunca é tarde para voltar a estudar! De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, em 10 anos, essa frase não somente foi constantemente repercutida pelo país, como concretizada! O levantamento feito pelo Semesp mostrou que os idosos na faixa etária de 60 anos ou mais estão entrando mais no ensino superior.
Segundo a pesquisa, apesar de ainda representarem a minoria nas salas de universidades privadas, com somente 0,4% em cursos presenciais e 0,8% à distância, o público 60+ registrou o maior crescimento nas matrículas em ambas as modalidades, no período de 2013 a 2023. Nos cursos presenciais, o aumento foi de 22%, sendo a única faixa etária a ter acréscimo em dez anos. Já no EAD, o número subiu para os expressivos 672%. Esse salto representa 154 pontos percentuais a mais do que os adultos de até 24 anos, que se estabeleceu como o segundo maior crescimento.
Além do Mapa do Ensino Superior no Brasil, outras pesquisas revelam que os idosos estão cada vez mais interessados nos estudos. Por exemplo, um estudo, realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, mostrou que a presença desse público na Internet cresceu 97% em 2021. Um dos principais motivos para o avanço foi a vontade e possibilidade de estudar de forma online.
“Haverá cada vez menos barreiras para as pessoas na terceira idade iniciarem um curso superior seja no Brasil, seja no exterior. Precisamos terminar, de uma vez por todas, com o preconceito de que as pessoas na terceira idade não podem mais realizar nada”, afirmou o Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University, Alfredo Freitas, à Fobes.
O cenário apresentado pelo levantamento do Semesp se mostra, portanto, somente como o início de um futuro promissor para a educação de idosos no Brasil. Além disso, projetos como a PL 1.519/2024, que incentiva as faculdades a adotarem medidas para facilitar a entrada e permanência de idosos na graduação, ganham cada vez mais destaque. Dessa forma, é possível que o próximo Mapa do Ensino Superior no Brasil indique uma presença ainda maior desse público no ensino superior.
*Texto sob orientação de Helena Gomes