Culpa materna: veja porque você não precisa ter esse sentimento

Recentemente, Lorena Improta utilizou suas redes sociais para falar sobre suas inseguranças quanto às viagens a trabalho e a criação da sua filha; por isso, pedimos para uma especialista dar dicas para as mães

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Culpa materna: veja dicas para não senti-la – Reprodução/@loreimprota

A dançarina Lorena Improta utilizou suas redes sociais para fazer um desabafo na última terça-feira (15). Ela foi a São Paulo, por causa do trabalho, e lamentou a distância de sua filha de três anos, Liz. Em uma publicação de um vídeo da pequena, ela falou sobre a culpa materna.

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“Coração fica como? Sempre sentimos culpa, né? Mas sei que ela vai entender a minha busca pelos sonhos, assim como eu vi minha mãe perseguir os dela. E tudo fica bem! Te amo, filha. Que você me veja como inspiração para ir atrás dos seus [sonhos] também. Daqui a pouco a mamãe estará em casa”, escreveu. Por isso, chamamos a especialista em neurociências e desenvolvimento infantil, Telma Abrahão, que deu algumas dicas para as mães não terem este sentimento.

O que é a culpa materna?

Segundo Abrahão, a culpa materna é um fardo que muitas mães carregam, especialmente quando precisam conciliar o trabalho fora com a criação dos filhos. “Esse sentimento pode surgir a qualquer momento. Seja ao deixar a criança na escola, perder um evento importante ou até mesmo ao chegar em casa cansada demais para dar atenção total. Ele vem da pressão social para sermos mães perfeitas, que sacrificam tudo pela família, e também das expectativas irreais que colocamos sobre nós mesmas”, explica.

Mais comum do que se imagina

Vale ressaltar que isso não diminui seu sentimento pelo seu filho. “É importante reconhecer que esse sentimento é comum e natural, mas não define o amor que você tem pelos seus filhos. Trabalhar fora não significa amar menos ou ser menos presente. Na verdade, muitas vezes, o trabalho também é uma forma de proporcionar um futuro melhor para eles, além de contribuir para o bem-estar emocional e financeiro da família”, esclarece.

O que fazer?

Primeiramente, reavalie o conceito de mãe ideal e permita-se ser humana com limitações e necessidades. Em segundo lugar, se cerque de uma rede de apoio que reforce o quanto você está fazendo o seu melhor. Vale cultivar os momentos de qualidade com os filhos, mesmo que eles sejam curtos, pois a presença emocional é o que realmente importa.

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“Outra estratégia é mudar o foco: em vez de pensar no que você “deixou de fazer”, lembre-se de tudo o que você já faz e do impacto positivo que causa. Cada esforço, cada sacrifício e cada minuto de atenção conta. A autocompaixão e o autocuidado são essenciais para que você possa, de fato, ser a mãe que deseja ser, sem se afundar em culpa. Afinal, mães que se cuidam e se sentem realizadas também conseguem oferecer mais amor e apoio aos seus filhos”, conclui.