O Brasil, nesta sexta-feira (2), está em comemoração por causa de um nome em específico: Beatriz Souza, ou, como muitos a preferem chamar, Bia Souza. A judoca levou ouro para casa, mas, para chegar até aqui, precisou passar por uma longa jornada.
A primeira medalha
O amor pelo judô está no sangue, pois, seu pai, Poseidonio José de Souza Neto, é um ex-atleta da modalidade. Sendo assim, se inspirando na figura paterna, começou a praticar o esporte ainda criança. E a primeira medalha veio aos sete anos de idade. Entre as três irmãs, ela foi a única a seguir os passos do pai.
‘Nega Chic’, sua marca de roupas
As premiações não foram as únicas recompensas do esporte. Quando criança, ela tinha muita insegurança em relação ao seu corpo, mas o judô a fez criar autoconfiança. Com o tempo e desenvolvimento, ela passou a não se encontrar no mundo da moda, por isso, decidiu criar a sua própria marca. A ‘Nega Chic’ nasceu de uma parceria com sua cunhada, após uma conversa sincera.
“É muito difícil pra gente, que é grande, tem costas largas, não só por ser mais gordinha. O tamanho G de uma loja de departamento não entra no meu braço. Eu queria muito achar loja roupa grande que coubesse em mim, me fizesse me sentir bem e não fosse feio. Não quero comprar roupa grande com estampa de vovó. Minha cunhada gostou da minha ideia, depois do desabafo que fiz, e ela me chamou para ser sócia”, contou Souza em uma entrevista ao ‘Podsport’.
Treinando com a antiga rival
Bia tentou marcar presença na Olimpíada de Tóquio, porém, Maria Suelen Altheman acabou entrando em seu lugar. Hoje, ela é sua técnica. A jovem nascida em Itariri, a partir daquele momento de virada, passava a entender os movimentos de sua antiga adversária nos treinos que aconteciam no Esporte Clube Pinheiros , em São Paulo. O resultado de tantas lições veio aí e, hoje, além de ser orgulho para sua família, é também para o Brasil todo. E, quem antes foi inspirada pelo pai, agora é sinônimo de garra e exemplo para os atletas mirins que almejam chegar onde ela está.