Claudia Raia, aos 57 anos, abriu o coração em entrevista à Revista CARAS sobre as dificuldades que enfrentou durante a menopausa, um período que descreve como complicado e muitas vezes mal compreendido, até pela medicina. A atriz, mãe de três filhos, incluindo o pequeno Lucca de 1 ano, relatou que experiências recentes a levaram a refletir profundamente sobre este estágio da vida das mulheres.
Participando de um simpósio sobre menopausa e longevidade em Portugal, Claudia descobriu que muitas das questões que experimentava, como uma suposta dor muscular, estavam na verdade relacionadas à menopausa. “As mulheres precisam de uma mão estendida para discutir esses temas”, afirmou a artista. Neste sentido, acrescenta que o conhecimento sobre a menopausa ainda é insuficiente e que as mulheres precisam de mais apoio e informações.
Como Claudia Raia lidou com a menopausa?
Claudia revelou que a ausência de informações adequadas sobre a menopausa a empurrou para um “buraco”. Segundo ela, as mulheres são preparadas para todas as fases de suas vidas reprodutivas, exceto a menopausa. Isso cria um vazio de apoio e conhecimento em um dos momentos mais críticos da vida feminina.
Assim, em meio aos preparativos para estrear a peça “Menopausa”, Claudia comenta sobre como as mulheres deste século diferem das gerações anteriores. “Não estamos acostumados a ver uma mulher mais velha como uma Jane Fonda. As novas mulheres de 50 estão fora dos livros. Os médicos muitas vezes não sabem como lidar com essas mudanças”, observa Claudia.
Gravidez com mais de 50 anos… Pode?
A atriz enfatiza que a menopausa necessita de maior visibilidade e discussão. Ela menciona um ponto interessante: sua gravidez durante a menopausa revelou a ausência de protocolos médicos claros para situações como a sua. Quando questionou se voltaria a entrar na menopausa após o nascimento do filho, as respostas foram incertas.
Por fim, ela acredita que seu caso deve servir como exemplo de que mulheres acima de 50 anos continuam ativas e férteis, ao contrário do que muitos pensam. Durante sua gravidez, observou que mesmo os médicos ficaram surpresos. “Quando engravidei, falavam: ‘Ué, mas ela transa?’. E a resposta é: sim, super!”, compartilhou a atriz.
Em suma, a atriz acredita que faltam estudos sobre o corpo feminino: “É o machismo estrutural. É como se a mulher mais velha perdesse a serventia. Todos, inclusive médicos, me desencorajaram a engravidar. Fiz tratamento para a inseminação, mas não rolou e engravidei naturalmente, o tratamento estimulou os hormônios”, explica.