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Você sabia? Entenda porque os primeiros 2 anos de um bebê definem quem ele será pelo resto de sua vida

Saiba a importância dos primeiros 2 anos de uma criança e como se comportar nesse período

Entenda porque os primeiros 2 anos de um bebê definem quem ele será pelo resto de sua vida – Getty Images

É intuitivo pensarmos que manter um contato direto e cuidadoso com os bebês assim que eles nascem é uma tarefa extremamente importante, mas você sabia que são os primeiros dois anos de vida de uma criança os responsáveis por estruturar quem ela será pelo resto de sua vida?

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Os cuidados físicos e emocionais desses 33 meses, desde a gestação (maneira que a mãe e a família receberam a gravidez, o jeito como transcorreu o parto, o modo como aquele ser foi recebido e tratado logo que chegou a seu novo lar, etc.) até o segundo aniversário, poderão gerar bem-estar emocional por toda uma vida. “Quando se está em um estado tão puro, as primeiras marcas são muito profundas”, alega a especialista Anna Rezende, terapeuta antroposófica e reichiana, de São Paulo. 

Extremamente vulnerável e mesmo não tendo consciência do que recebe e do que faz falta, o bebê ira guardar de alguma forma as experiências boas e ruins que obteve em seus primeiros anos de vida de uma maneira quase inapagável. Esse efeito é chamado de ‘sentimento básico’, ou seja, influenciará diretamente na forma como aquela pessoa irá ver e sentir o mundo pela vida afora, deixando florescer sensações como confiança, ansiedade e alegria.

Durante as primeiras trocas de olhares e toques, o cérebro da criança produz endorfina e inunda o corpo com uma sensação de prazer, alegria e excitação. Só lembre de deixar o celular de lado, pois para que a mágica aconteça, a troca precisa ser genuína. “Quando o olhar de um bebê encontra o da mãe, ele recebe um alimento para a formação do seu eu. Quando ela o segura no colo, está transmitindo que há nesse mundo um porto seguro para ele confiar”, continua Rezende.

GRAVIDEZ E PARTO

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Segundo a irmã Veroni Terezinha de Medeiros, pedagoga que faz parte da sede nacional da Pastoral da Criança, de Curitiba, Paraná: “Na gestação, o bebê já ouve a voz da mãe e identifica sons: converse com seu filho e mostre o quanto ele será bem-vindo”. Pós-parto, a profissional ainda orienta: “Abrace seu bebê e dê de mamar na hora do nascimento, as primeiras gotas de leite são muito importantes”.

Estudos mostraram que o contato com a pele da mãe traz conforto e ajuda a regular a temperatura corporal e a respiração dos recém-nascidos, exatamente do mesmo jeito que a gente se tranquiliza quando recebe um abraço num momento de tensão. Como o parto é a transição inaugural da vida, um nascimento tranquilo, feito com cuidado e respeito, é capaz de estabelecer um padrão seguro para as outras transições que virão. Como se a gente estivesse ensinando que aquele bebê pode ficar tranquilo quando as outras mudanças da vida chegarem. E esse contato ao nascer não é bom só para o pequenino. Para a mãe, segurá-lo estimula os hormônios associados à produção de leite. Para o pai, estimula o impulso de proteção e de sustento. O filho, desse jeito, se ocupa de fazer nascer, junto com ele, uma mãe e um pai.

COMO LIDAR COM A LICENÇA-MATERNIDADE?

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Hoje a licença-maternidade dura 120 dias, o que gira em torno de quatro meses. Número bem reduzido frente aos dois anos citados. É importante pensarmos que as empresas deveriam incentivar a saída, e não apressar a volta. Sendo assim, nos resta encontrar caminhos para que os pais consigam conciliar a vida profissional com o bem-estar da criança.

Avôs e avós, por exemplo, podem dar apoio para que a mãe vá mais tranquila para o trabalho – sem falar no pai, que necessita revezar de fato funções. Uma babá afetuosa também soma. Priorize o vínculo que seu filho estabelece com ela. Trocá-la o tempo todo pode ser um equívoco. Devemos lembrar que ela não substitui a presença da mãe e do pai, mas pode ser vantajoso no intervalo de tempo em que eles não estão.

Mudar para mais perto da empresa e almoçar com os filhos, negociar horários de trabalho mais adequados ou mesmo fazer home office em alguns dias podem ser caminhos para se ter mais tempo com seu filho. Muitos chefes já se deram conta de que não querem perder profissionais depois do nascimento da criança, por isso, têm flexibilizado as jornadas de trabalho.

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Para aqueles que puderem, tirar um ano sabático pode ser uma boa opção. E saibam que não é fim de carreira! Esse tempo pode ser valioso e trazer benefícios como criatividade, inovação e motivação. O importante é planejar a saída e ir tranquila, pois a volta é possível.