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Vacinação gestacional! Fed. Bras. de de Ginecologia e Obstetrícia fala sobre a importância de manter as vacinas em dia durante a gravidez

O índice de casos de coqueluche volta a aparecer e vacinação é a melhor solução para o combate da doença que preocupa especialistas

Vacinação gestacional! Fed. Bras. de de Ginecologia e Obstetrícia fala sobre a importância de manter as vacinas em dia durante a gravidez – Freepik

A imunização da gestante desempenha papel importante na saúde materna e neonatal. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a vacinação gestacional protege a grávida de eventuais infecções preveníveis, bem como possibilita a transferência de anticorpos para o bebê – em um primeiro momento por meio da placenta e, após o nascimento, por meio do leite materno. Essa proteção é fundamental nos primeiros meses de vida da criança, quando o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo.

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Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a diminuição da cobertura vacinal, mesmo que por um breve período, pode aumentar a probabilidade de surtos e o número de indivíduos suscetíveis às doenças imunopreveníveis, como coqueluche e difteria, entre outras. Em 2019, pela primeira vez, o Programa Nacional de Imunizações não atingiu as metas de nenhuma das principais vacinas infantis. A pandemia de Covid-19 tem aprofundado a dificuldade de vacinação dos grupos prioritários.

Elevação de casos de Coqueluche

Dados do Ministério da Saúde apontam que a incidência de casos de coqueluche, por exemplo, voltou a aparecer com mais frequência no Brasil. nos últimos anos. Segundo a Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, isso se deve, em grande parte, à falta de imunização e informação da população. Em adultos, ela pode ser facilmente confundida como um resfriado comum, mas, em crianças pode levar até a morte.

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Provocada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche foi bastante controlada a partir da década de 1990 graças à vacinação. Quando da vacina contra coqueluche chegou a quase 100%, entre 1998 e 2000, a incidência baixou de 10,6 casos a cada 100 mil habitantes para 0,9 casos a cada 100 mil no Brasil. Mas esse cenário voltou a mudar. Entre os anos de 2010 e 2014, o número de infectados cresceu 13 vezes no país. Em 2019, foi visto no estado de Pernambuco um aumento superior a 100% nos casos da doença.

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A transmissão da bactéria acontece por meio de gotículas eliminadas quando a pessoa fala, tosse ou espirra. Se um adulto infectado faz isso perto de um bebê, portanto, o risco é alto, e o tratamento para esses recém-nascidos pode ser muito difícil. A ginecologista Dra. Cecilia Maria Roteli Martins, presidente da CNE Vacinas da Febrasgo, explica que, “a imunização contra coqueluche na gestante previne que o recém-nascido seja contaminado antes de tomar as primeira dose da vacina, que acontecerá somente após os dois primeiros meses de vida”. Segundo ela, um adulto infectado pode resultar em até 17 novos casos. O quadro clinico da coqueluche no adulto não é típico, devendo-se suspeitar dos pacientes com tosse seca por mais de 14 dias.

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Prevenção

O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes recebam três vacinas: Hepatite B, dTpa (Tríplice Bacteriana Acelular do Tipo Adulto: difteria, tétano e coqueluche) e Gripe (Influenza). A indicação da primeira delas obedece ao histórico vacinal da paciente. As demais são recomendadas em todas as gravidezes. Em comum, essas vacinas são produzidas por meio de vírus mortos ou inativados.

A proteção gestacional e ao bebê não limita a vacinação à pessoa grávida. Recomenda-se que pessoas próximas à gestante também sejam vacinadas como medida complementar de proteção à grávida e criança após nascida.

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“É importante ressaltar que a vacinação para a prevenção da coqueluche e demais doenças, no período de gestação, é altamente segura e não apresenta nenhum risco para mãe ou para o bebê”, conclui a Dra. Cecilia Roteli Martins.