Alguns pais evitam que o bebê vá ao chão para brincar, pois pode acabar colocando alguns objetos na boca ou se machucar. Porém, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que é aconselhado colocá-lo para explorar o solo, já que isso influencia a rapidez que ele começará a andar. Veja porque:
A relação entre o brincar no chão e o aprender a andar
A publicação do periódico Infant Behavior and Development, e divulgada pela Agência Einstein, mostra que as crianças, em média, começam a andar entre os dez meses e um ano. Porém, dependendo dos estímulos, ela pode demorar mais ou menos para dar os primeiros passos. Dessa forma, resolveram avaliar se o tempo maior no berço poderia ou não afetar o desenvolvimento dos pequenos.
O estudo com os bebês
A USP recrutou 45 bebês e os dividiu em três grupos. Um em que eles tinham entre cinco a onze meses, outro com nove a treze, e um terceiro que variava dos treze aos dezoito meses. Sendo assim, durante seis meses, a cada quinze dias, os pais enviavam vídeos de oito minutos para os pesquisadores. Dessa forma, eles avaliavam o desenvolvimento motor das crianças nos seus lares, e notaram que aqueles que brincavam no chão começavam a se locomover sozinhos mais cedo.
O que descobriram?
Dessa maneira, os estudiosos chegaram à conclusão que as crianças que brincavam no chão, por volta dos cinco meses, davam seus primeiros passos mais cedo que os que ficavam mais tempo deitados no berço. Ademais, os que, aos nove meses, ainda brincavam principalmente no berço começaram a andar mais tarde.
Por fim, diferente do que muitas pessoas pensam, não existe uma sequência definida na evolução dos pequenos até os primeiros passos. Ou seja, alguns se arrastam antes de engatinhar, outros fazem isso direto e ainda existem os que primeiro o fazem de maneira assimétrica, depois, simétrica e então, finalmente, andam com apoio.