Parentificação: o que é e quais são as consequências, segundo a psicologia?
Segundo um estudo publicado no ‘International Journal of Environmental Research and Public Health’, o termo se designa para quando as crianças e adolescentes assumem o papel de adulto; entenda
Parentificação. Você já ouviu falar desse termo? Segundo um estudo publicado no ‘International Journal of Environmental Research and Public Health‘, ele se designa para quando as crianças e adolescentes assumem o papel de adulto. E, de acordo a psicologia, há consequências. Entenda:
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O que é a parentificação?
Para entender melhor, a parentificação não é quando os pais dão tarefas cotidianas para os filhos fazerem. Até porque, segundo a especialista em paternidade, Esther Wojcicki, incentivar as crianças a realizar afazeres é uma forma de incentivar a autonomia. O problema mora em enchê-las de tarefas e acabar dando seu lugar à elas, fazendo com que assumam um papel de adulto, como colocá-las para cuidarem dos irmãos mais novos ou quando são o apoio emocional dos pais.
Quais as consequências?
Dificuldade de entender as vontades
A autoconsciência forma-se durante a infância. É com ela, que aprendemos o que gostamos e desejamos. Se deixar isso de lado, na fase adulta, a pessoa pode não conseguir discernir suas vontades. E o risco é maior quando o pequeno recebe tarefas em quantidade muito grande, pois ele não tem espaço para pensar em si e se conhecer quem é fora da dinâmica familiar.
Não consegue pedir ajuda
Quando a criança é a responsável por ajudar, ela acaba não aprendendo a pedir amparo. Esta aprendeu a ser autossuficiente, desta forma, cresce com este pensamento e sente vergonha de solicitar auxílio.
Não tem facilidade em estabelecer limites
O respeito para consigo é feito através de limites. É necessário colocá-los em relacionamentos de qualquer natureza para definirmos o que aceitamos ou não. Porém, aquele que teve pais que exigiram além da conta, quando fica mais velho, tem muita dificuldade de estabelecer limites e tende a aceitar tudo o que fazem com ele.
Papel de cuidador duradouro
Em casos em que, na infância, alguém teve que manter o equilíbrio da família e aprendeu que, para tudo fluir bem, precisa de sua intervenção, o comportamento continua quando cresce. Por exemplo, em um namoro, este irá se sentir na obrigação de cuidar do parceiro.
Medo do abandono
Por fim, o medo de ser abandonado fica enraizado, pois o pensamento principal gira em torno do que aprendeu quando pequeno. Enquanto se faz necessário, ótimo, todos estarão lá, mas, se não precisarem mais desta pessoa, o deixam. Então desenvolve o apego baseado nesta insegurança. Ademais, estes homens e mulheres tendem a desenvolver ansiedade em relação à perda e sentem uma grande dificuldade quando são rejeitados ou sofrem uma decepção.
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