Nunca diga ao seu filho: ‘Nós amamos você, mas não esse comportamento’; entenda porque

Muitas vezes, a criança pode cometer um erro e dizer frases do tipo “eu fiz isso de errado, mas você ainda me ama?” e, neste caso, o melhor a fazer não é falar que ama, mas não o que foi feito; entenda

comportamento
Se a criança cometer um erro e perguntar se você ainda a ama, neste caso, não diga “eu amo você, só não amo esse comportamento”; entenda – Pexels/on Lach

Quando ficamos bravos com nossos filhos, a tendência é dizermos coisas que não queremos e isso pode gerar um impacto no emocional dos pequenos. Sendo assim, hoje, com a ajuda da psiquiatra Dra. Stacy Doumas, vamos te ensinar o que fazer quando a criança tiver um comportamento inadequado e disser frases do tipo “eu fiz isso de errado, mas você ainda me ama?”. Confira:

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Mensagem escondida

Naturalmente, quando respondemos à essa pergunta, tendemos a dizer “sim, eu amo você, só não amo esse comportamento que teve“, ou algo do gênero. Dessa forma, acreditamos que estamos educando nosso filho da melhor maneira, porém, de acordo com profissionais da saúde mental, não é bem assim. Eles afirmam que esta resposta pode fazê-los entender que o amor é condicional e será correspondido baseado em suas ações. E esta não é a única consequência.

“Colocando a palavra ‘mas’, ali, é o mesmo que sinalizar que existe uma exceção para o amor. Se isso acontecer, no futuro, eles podem ter autoestima baixa, inseguranças, ansiedade e dificuldade de confiar nos outros, tendendo também a afetar as relações amorosas que tiverem”, explica a psiquiatra ao ‘Yahoo! Life’.

O que fazer?

Neste caso, o melhor a fazer é reafirmar seu amor pela criança. “Os pais devem apenas falar ‘sim, eu amo você’. Assim, ela vai saber que o amor deles por ela é incondicional”, detalha. Mas a conversa mais séria ainda precisa acontecer e não deve demorar muito. Então, depois de deixar a mensagem do seu sentimento clara, fale para ela que vocês precisam se acalmar e falar sobre o que ocorreu.

“Dê um tempo para que vocês possam se autorregular e deixe claro que vão falar a respeito do acontecimento dentro de alguns minutos. O adulto pode explicar: ‘Isso era o que eu esperava, mas aquilo aconteceu. É por isso que não está tudo bem, e todas as atitudes têm suas consequências’. Foque no que causou as ações. Pense também se eles podem estar passando por um momento ruim ou precisam de uma terapia para, a partir de agora, evitar os gatilhos que resultaram neste comportamento”, indica a especialista.

Ensine as consequências

Doumas conta que, se você der consequências palpáveis, também pode funcionar. A título de exemplo, vamos utilizar uma situação hipotética em que o pequeno esqueceu de guardar seus brinquedos, choveu, eles ficaram molhados e alguns até estragaram. Então, você vai pensar na vida adulta, e citar algo parecido que poderia ocorrer, como um carro que pode ficar na chuva e prejudicar a tinta. Depois disso, pode dizer que ele pode estar triste, e tudo bem se sentir assim, mas peça para agir diferente na próxima vez. Porém, por agora, deixe claro que ele terá que seguir sem esses objetos e que, quando ele conseguir algum dinheiro, – seja no aniversário ou ganhar de presente – poderá comprar novos.