A cantora Lexa anunciou nas redes sociais a morte de sua filha, Sofia, com apenas 3 dias após o nascimento prematuro. A artista foi internada com quadro de pré-eclâmpsia aos 6 meses de gestação. Deu à luz no dia 2 de fevereiro, porém, a bebê não resistiu e faleceu no dia 5 de fevereiro.
“Sofia, 02/02 às 15:03. O nosso milagre nasceu! Dia 05/02 minha filha amada nos deixou. Um luto e uma dor que eu nunca tinha visto igual. Vivi os dias mais difíceis da minha vida. Eu senti cada chutinho, eu conversei com a barriga, eu idealizei e sonhei tantas coisas lindas pra gente… foram 25 semanas e 4 dias de um gestação muuuito desejada! Uma pré eclampsia precoce com síndrome de Help, 17 dias de internação, Clexane, mais de 100 tubos de sangue na semi intensiva e 3 na UTI sulfatando e lutando pelas nossas vidas minha filha“, escreveu a cantora.
Luto perinatal: a dor da cantora Lexa
Segundo a psicóloga Tatiane Mosso, diferente de outras perdas, o luto perinatal carrega a dor da expectativa interrompida. Desde o momento em que a gravidez é confirmada, os pais começam a construir sonhos e planos para aquele bebê. A interrupção abrupta dessa trajetória pode gerar sentimentos de culpa, frustração, ansiedade e até depressão.
“A perda de um bebê logo após o nascimento gera um luto intenso e, muitas vezes, solitário. Isso acontece porque a sociedade, de modo geral, ainda não reconhece essa dor como legítima, dificultando a expressão dos sentimentos dos pais enlutados”, explica a especialista.
Além disso, a psicóloga afirma que cada pessoa lida com o luto de forma única. No entanto, de modo geral, é preciso viver a dor da perda e não reprimir. “Negar os sentimentos pode prolongar o sofrimento, por isso também que os rituais de despedida, como os velórios, por exemplo, podem ajudar na elaboração do luto”, ensina.
A especialista ainda afirma que não há um tempo certo para superar uma perda como essa. Por isso, é preciso respeitar as emoções da dor da perda com empatia e acolhimento. “É essencial que as famílias saibam que sua dor é válida e que não precisam enfrentá-la sozinhas”, conclui.