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E o nome vai ser…

A maioria dos pais dá mil voltas até encontrar o nome do filho. Pudera, são tantas as opções. A seguir, compreenda a importância dessa escolha e saiba como cercá-la de discernimento e carinho

E o nome vai ser… – Shutterstock

Gabriel, originário do hebraico, significa “homem de Deus”; Paola, derivado do latim, quer dizer “pequena humilde”. E assim por diante numa lista interminável de possibilidades. Quem já passou pela experiência de brindar uma criaturinha com um nome sabe que esse momento é dos mais especiais – e dos mais confusos também. Em geral, um acontecimento que mobiliza a família inteira, os círculos de amizade e até os vizinhos. Claro, há alegria de sobra nos preparativos para a chegada do novo inquilino do pedaço. Porém, tanto auê pode atrapalhar uma decisão que deve ser tomada com seriedade e ternura.

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Os motivos para a cautela são explicados pela psicologia. Nem precisa ser entendido no assunto. É fácil supor que o nome está diretamente relacionado à formação da identidade do indivíduo. Quem sou eu? Sou este que carrega determinado nome. Alcunha que, salvo algumas exceções, nos acompanhará pela vida afora. “Ela constitui o princípio da história de cada pessoa. Podemos ter nomes iguais, mas a história dessa escolha é sempre única”, aponta Ana Paula Yasbek, diretora pedagógica da Escola Espaço da Vila, em São Paulo.

De acordo com os estudiosos da psique humana, muito antes de nascer, o bebê passeia pelos sonhos dos pais. E, inevitavelmente, a definição do nome da criança carrega um pouquinho da história anterior ao seu nascimento. “Esse enredo anterior já representa o início da história e do processo de desenvolvimento emocional do bebê. O nome próprio traz esboços de seu lugar na família, da história familiar em que ele se insere, do investimento afetivo a ele direcionado e de seu lugar no desejo dos pais”, afirma Nadja Rodrigues de Oliveira, psicóloga da Unidade de Neonatologia do Hospital Regional de Sobradinho, no Distrito Federal, e membro da Associação Brasileira de Estudos sobre o Bebê (ABEBÊ). Segundo ela, é natural que os pais projetem suas expectativas e idealizações sobre quem o bebê virá a ser e o que eles desejam lhe transmitir. E o nome acaba, em algum nível, sendo porta-voz dessas elocubrações.

É certo que alguns pais se pautarão pelo significado. O sentido ali contido é decisivo quando espelha preferências e valores paternos. Outros aproveitarão a oportunidade para homenagear um ente querido ou até mesmo um ídolo. Alguns são seduzidos pela sonoridade da palavra. Nesse caso, prevalece o fascínio pela combinação de sons e pelos sentimentos evocados por ela. Menos usual, há ainda quem busque inspiração no rostinho do bebê, logo após o parto. Para Ana Paula, o mais importante é o valor incutido nesse processo. “Nos tempos atuais, a exposição excessiva nas redes sociais cria um desejo de ‘venda’ de felicidade, que pode artificializar uma escolha mais pessoal”, opina. Cada família deve fazer a escolha do nome com o máximo de afeto possível.
Como achar o nome perfeito?, a maioria se questiona. Listamos no boxe ao lado alguns pontos a ser considerados.
Pense bem
 
Não há problema algum em ser original, desde que não caia na esquisitice. Tenha em mente que, por causa dessa escolha, seu filho poderá sofrer constrangimentos no futuro.
• Filtre os palpites vindos de todas as direções: parentes, amigos e até desconhecidos. Não se deixe influenciar assim tão facilmente pela opinião alheia.
• Reserve bastante tempo para conversar sobre esse assunto com seu parceiro. Nada como ter calma para avaliar um mar de possibilidades.
• Vale a pena evitar nomes que agradam a certo familiar, porém despertam recordações ruins, e também aqueles que geram apelidos embaraçosos.
• Acima de tudo, esqueça a moda e as pressões externas. Conecte-se com o bebê e deixe a intuição lhe dar as pistas.
Você pode pesquisar listas de nomes com as respectivas origens e significados nos endereços brasil.babycenter.com; bebe.abril.com.br, bebeatual.com, listadenomes.com.br, entre outros.