São Luís e Santa Zélia Martin: conheça a história do primeiro casal a ser canonizado por Papa Francisco

Com passados parecidos, cinco crianças e dois milagres realizados, o casal possui uma história que os levou a ser o primeiro a ganhar a canonização na mesma cerimônia

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Conheça a história de São Luís e Santa Zélia – Reprodução/Canção Nova

Hoje, nesta sexta-feira (12), é dia de São Luís e Santa Zélia Martin. Eles são conhecidos como o primeiro casal, da história da Igreja Católica, a ser canonizado na mesma cerimônia, que foi realizada por Papa Francisco, em outubro de 2015.

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Quem foram São Luís e Santa Zélia Martin?

Louis Martin nasceu em Bordeaux, na França, em 22 de agosto de 1823. Já Maria Zelie Guérin veio à vida em uma comuna francesa, chamada Saint-Denis-Sarthon, em 23 de dezembro de 1831. Ele era filho de capitão do exército, ela, filha de militar. Ambos tiveram uma educação cristã severa e queriam seguir a vida religiosa, mas foram impedidos. Luís, por não saber latim, e Zélia percebeu que não era sua vocação. Sendo assim, um trabalhava como relojoeiro, e a outra tinha sua própria fábrica de rendas.

Caminhos se cruzam

1858 marca o ano em que se conheceram na ponte de São Leonardo, em Alençon. Segundo tradições, Zélia afirmou que tinha conhecido o amor de sua vida naquele dia. Independente se foi intuição ou o fogo da paixão, o fato é que logo se casaram em 12 de julho do mesmo ano – por isso, a data deles é comemorada no 12º dia do sétimo mês. Com o tempo, eles geraram nove crianças. Quatro delas faleceram. A caçula das cinco era, como quem ficou conhecida mais tarde, Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões.

Em 1877, Santa Zélia, que havia descoberto um tumor no seio aos 45 anos, faleceu. Dez anos depois, em 1887, São Luís adoeceu com perdas de memória e problemas de comunicação. Os médicos o diagnosticaram com arteriosclerose cerebral. Ele partiu em 1894.

O milagre que levou à canonização

Em Valência, na Espanha, quatro dias depois da beatificação de Luís e Zélia, nascia uma menina chamada Carmen. Sua gestação foi repleta de impasses, fazendo com que ela nascesse no sexto mês de gravidez com, consequentemente, diversas complicações. A situação era tão crítica, que a parteira pediu para que os pais esperassem pelo pior. A bebê desenvolveu uma hemorragia severa no cérebro, que passou para os pulmões e coração.

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A bebê também havia nascido no dia de Santa Teresa D’Ávila, Padroeira de Altaneira. Com isso, o pai pediu para que a figura consagrada intercedesse por ela, e foi a um convento das Carmelitas Descalças, perto da cidade onde morava. Dias depois, voltou, com a esposa. O estado da menina só piorava. Eles contaram às Carmelitas. Elas, por sua vez, pediram para que eles orassem por São Luís e Santa Zélia, já que sabiam que um menino, em Milão, havia se curado milagrosamente pelo casal divino. O resultado do milagre foi a beatificação de ambos.

Com o tempo, Carmen curou-se e os médicos não encontraram solução, só tinha um motivo, um milagre. Por isso, Papa Francisco reconheceu o milagre e os elevou ao altar.

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