Você já parou para pensar de onde surgiram nossos costumes de Ano Novo? Muitos deles vieram das religiões de matriz africana e, hoje, vamos te contar como nasceram três deles
Você já parou para pensar de onde surgiram nossos costumes de Réveillon? Muitos deles vieram das religiões de matriz africana e, hoje, vamos te contar como nasceram três deles. Confira:
É difícil encontrar alguém que foi à praia no final do ano e nunca tenha pulado sete ondas. E este ritual originou-se na Umbanda. Na tradição, cada elevação da água representa um agradecimento ou desejo para o próximo ano. Já a quantidade tem relação às Sete Linhas da Umbanda, ou seja, os sete sentidos da vida ou os sete orixás: Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Obaluaiê e Iemanjá.
Outra mania que só se segue, mas não se explica é o vestir branco. E tudo começou nas religiões de matriz africana e, mais especificamente, com Oxalá, simbolizando paz e harmonia. Em entrevista ao G1, a Ialorixá Adna Santos – também conhecida como Mãe Baiana – explicou. “Quando você veste uma roupa branca, você também está buscando a paz. A pomba branca, que representa o Espírito Santo, na Igreja Católica, a Umbanda também usa esse símbolo. A gente busca a paz. Nós passamos a virada de ano com roupas brancas desejando e pedindo paz para todas as pessoas, para nós, nossa família, nossos amigos, até para os nossos inimigos”, detalhou.
Por fim, provavelmente, alguém já disse para tomar um banho com sal grosso para mudar as energias, certo? Pois bem, o ritual também veio das crenças afro. “O banho de descarrego é justamente para isso, para descarregar, tirar, dispensar essas energias negativas. Às vezes chega uma pessoa na sua casa, no seu trabalho, no seu local de convivência, e essa pessoa conversa com você ali dois minutinhos, e quando ela sai, você começa a bocejar, abre a boca… Então isso é o quê? Alguma energia negativa essa pessoa estava, e aí automaticamente ela dividiu com você. Ela vai embora melhor e você fica com essa carga, que dá sono, o corpo fica mole. O banho de erva renova as forças, nossas energias”, concluiu Mãe Baiana.
