O chamado “desafio sexual dos 100 dias” tem ganho atenção nas redes sociais após a atriz Heloísa Périssé revelar que fez sexo com o marido, o diretor Mauro Farias, durante cem dias consecutivos no programa ‘Surubaum‘, apresentado pelo casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.
Heloísa contou que viu uma reportagem sobre o desafio e decidiu aderir. Segundo ela, o resultado, não só foi positivo à vida do casal, como “salvou o casamento”. Ela descreve que os dois desenvolveram uma conexão tão forte que, ao se deitar, o próprio corpo parecia reagir automaticamente. O momento mudou de um simples toque para um gatilho de uma nova experiência de intimidade.
Especialistas apontam que, para muitos casais, a prática sexual frequente pode favorecer o aumento da libido e fortalecer o vínculo emocional. A sexóloga Bruna Coelho explica, em entrevista ao ‘Interessa Podcast‘, que esse tipo de desafio pode ser positivo quando abordado de forma leve e divertida, especialmente para casais com relacionamentos longos, em que a rotina pode deixar a vida sexual previsível.
Nesse sentido, o desafio propõe uma quebra no ciclo monótono, estimulando o casal a explorar novas experiências e a reacender a paixão. Mas, para isso, Coelho reforça que é preciso manter um clima onde não exista pressão, já que o objetivo não deve ser cumprir uma meta, mas cultivar experiências prazerosas.
A recomendação é que esse estímulo ao desejo sexual venha da criação de um contexto que mexa com os sentidos, seja com músicas que ajudem a criar um clima mais íntimo ou com aromas e iluminação que promovam o relaxamento e a conexão, por exemplo.
Em entrevista à imprensa, a sexóloga e fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua, sugere que a interação mais intensa abre espaço para novas experimentações. As possibilidades são diversas, como vibradores, géis ou capa peniana, que evitam que o desafio se torne monótono e sem graça ao passar do tempo.
Pádua destaca, ainda, a existência de estudos que mostram que o sexo pode elevar os níveis de hormônios como a oxitocina e a dopamina, substâncias associadas ao prazer. Além disso, praticar sexo de forma regular pode fortalecer a autoestima e a conexão emocional com o parceiro, o que tende a intensificar a libido.
Sexo não deve se limitar à penetração
De acordo com Bruna Coelho, a ideia de que o sexo só é validado se tiver propriamente o coito é um mito. Ela explica que não tem a ver, necessariamente, com a penetração e com o comportamento dito como sexual, mas sim com todo o contexto e a vivência do prazer na experiência dos sentidos.
Atos de carinho, beijos demorados, massagens e toques podem levar ao relaxamento e estimular o desejo. E eles são igualmente importantes na construção do prazer e da intimidade. O mesmo vale para a experimentação de novas sensações. Neste momento, pode entrar o uso de acessórios, como o plug anal, para ampliar as possibilidades de prazer.
Nesse processo, é aconselhável que exista o diálogo aberto e honesto entre o casal, tanto para identificar os seus interesses, quanto como forma de respeito às vontades de cada um. A comunicação cria um ambiente de confiança e favorece que as novas descobertas sejam incorporadas à intimidade sem pressão.
Coelho enfatiza ainda a importância da espontaneidade para que a experiência sexual seja realmente prazerosa e natural, visto que impor regras pode dificultar o processo. Ela explica que é preciso não pensar como uma obrigação, pois isso pode trazer emoções negativas. O foco tem que ser nos ganhos pessoais. Um bom dia de sexo pode trazer benefícios pessoais, no relacionamento e na qualidade de vida.
*Matéria feita em parceria com Ana Beatriz Medina, da Experta Media