É possível saber sua idade baseado na sua habilidade de ficar em pé com uma perna só
O equilíbrio unipodal varia de acordo com o passar dos anos e cientistas decidiram testá-lo; leia a matéria para entender
O equilíbrio unipodal varia de acordo com o passar dos anos e cientistas decidiram testá-lo; leia a matéria para entender
Um estudo, publicado no periódico Plos One em outubro, avaliou 40 pessoas saudáveis, que foram divididas em dois grupos. O primeiro deles tinha mais de 65 anos, e o segundo era mais novo que isso. Para a análise, os especialistas pediram para que os participantes fizessem quatro testes de equilíbrio em cima de uma plataforma. Primeiramente, pediu para que se mantivessem em pé e com o olho aberto. Depois, da mesma forma mas de olhos fechados. Em terceiro lugar, que se equilibrassem com a perna direita, e, após isso, com a esquerda.
Com isso, chegaram à conclusão que o equilíbrio unipodal – ou seja, com uma perna só – diminui de maneira mais significativa de acordo com o passar da idade, especialmente quando não era a perna dominante. Por exemplo, os mais jovens conseguiam se manter na postura por dez segundos, já os mais velhos não chegavam a dois segundos.
Desta forma, o envelhecimento tende a fazer com que o controle neuromuscular e a preensão manual diminuam. Ademais, a marcha ao caminhar e o equilíbrio também se modificam conforme o tempo. E o objetivo da pesquisa era descobrir qual desses parâmetros se deteriora mais rápido. Assim, notaram que a idade é mais responsável pela perda do que a força muscular.
Uma pesquisa dinamarquesa concluiu que idosos podem se beneficiar se continuarem treinando musculação de forma intensa. O motivo? A preservação da força. Veja o que diz a publicação da Agência Einstein:
A Universidade de Copenhague ficou curiosa se treinos de força, como musculação e levantamento de peso, poderiam ter efeitos a longo prazo e conseguiriam minimizar a perda de musculatura e de força em pessoas idosas. Para isso, chamaram 451 idosos saudáveis para participar de um programa que duraria um ano. Eles os dividiram em três grupos.
Um deles treinou com supervisão em uma academia três vezes por semana, usando uma carga que variava entre 70% e 80% do peso máximo e realizando três séries de exercícios com seis a doze repetições. Para o segundo, prescreveram exercícios moderados, com 50% a 60% da carga máxima, utilizando materiais mais leves, como faixas elásticas. Já o terceiro serviu de grupo controle e não seguiu nenhum treinamento especial.
Para chegar aos resultados, avaliaram os voluntários no começo, quando completaram 12 meses, depois de dois anos e quatro anos. Ao fim, todos tinham perdido massa magra e força. Porém, os que treinaram mais intensamente estavam com a mesma capacidade do início. “Isso ocorreu porque o treino aumentou a força de forma significativa. Então, mesmo com a queda, conseguiram manter o que tinham”, explica o profissional de educação física, Everton Crivoi do Carmo.
E continua: “Muitos dos ganhos de força podem estar relacionados a adaptações neuromusculares induzidas pelo treinamento, incluindo a velocidade de transmissão do impulso nervoso e melhores coordenações intra e intermuscular, sendo que esses ganhos podem ter efeitos mais duradouros”. O mesmo afirma que esses benefícios a longo prazo podem ser chamados de ‘memória muscular’.