A eletroestimulação faz efeito e potencializa os exercícios? Descubra

Há muitas opiniões quando o assunto é eletroestimulação. Alguns acreditam que ela faça efeito sozinha, sem exercícios. Outras crêem que as atividades físicas ficam ainda mais potentes. Mas o que será verdade? Para descobrirmos, chamamos o fisioterapeuta José Ordenes, que explicou o tema em detalhes. Confira:

Potencializa o treino

A eletroestimulação combinada com a atividade física pode aumentar a eficácia do treino e potencializar a ativação muscular. “Estudos mostram que a combinação da eletroestimulação com os exercícios pode melhorar a força, a resistência e a recuperação muscular. Isso ocorre porque a eletroestimulação pode recrutar fibras musculares que o exercício sozinho, às vezes, não conseguiria”, esclarece.

Não substitui os exercícios

Apesar da contribuição, o aparelho sozinho não compensa um bom treino. “A eletroestimulação pode complementar o treino, mas não substitui os benefícios gerais do exercício físico convencional, como melhorias na saúde cardiovascular, coordenação, e bem-estar geral”, afirma Ordenes. Portanto, a ferramenta deve ser utilizada somente como adição.

Como tratamento

Por outro lado, a eletroestimulação de forma estática tem potencial para ser um tratamento a alívio de dores, redução de inflamações e prevenção de atrofias musculares em pacientes imobilizados. “Estimula as contrações musculares e pode ajudar na recuperação pós-lesão, melhorando o fluxo sanguíneo e promovendo a ativação muscular”, detalha. O especialista também ressalta que o procedimento deve ser apenas adjuvante na reabilitação.

Cuidados

Há alguns cuidados ao utilizar a eletroestimulação. Além de ter de seguir a orientação de um profissional, é necessário se precaver em relação a desconfortos ou lesões sistêmicas agudas. “É crucial verificar a integridade do equipamento antes de cada uso e evitar a aplicação em áreas com feridas abertas, pele irritada ou onde haja implantes metálicos”, explica.

Há contraindicações?

Existem várias contraindicações para o uso de eletroestimulação. “Ela não deve ser usada por pessoas com marcapassos ou dispositivos eletrônicos implantados, gestantes, pessoas com epilepsia ou condições cardíacas severas, e em áreas com trombose ou tromboflebite. É essencial realizar uma avaliação completa do paciente antes de iniciar qualquer tratamento”, conclui.