Psicologia explica: por que pessoas não gostam de abraços?

Você já reparou que existem pessoas que se afastam na tentativa de serem abraçadas? Segundo profissionais da saúde mental, há três motivos que justificam o comportamento

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Segundo a psicologia, há três motivos que justificam o comportamento de quem não gosta de abraços; descubra quais são – Pexels/Ron Lach

Você já reparou que existem pessoas que se afastam na tentativa de serem abraçadas? Segundo a psicologia, há três motivos que justificam o comportamento de quem não gosta de abraços. Descubra:

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Por que pessoas não gostam de abraços?

  • De pai para filho: Segundo um estudo publicado na revista Comprehensive Psychology, muitas vezes, aqueles que não gostam de muito contato físico tiveram pais frios e até mesmo ausentes. Por isso, repetem este padrão com que se acostumaram a vida toda. E a tendência é que repassem este costume para os filhos deles.
  • Mudança no cérebro: Crescendo com esse tipo de comportamento na família, o cérebro acaba se moldando. Dessa forma, a falta de contato durante a infância e adolescência prejudica o sistema nervoso e afeta a produção de certos hormônios, como a ocitocina, assim como o desenvolvimento do nervo vago. O resultado disso é a baixa capacidade de criar laços de intimidade, compaixão e de formar uma personalidade mais sociável.
  • Inseguranças: Por fim, a baixa autoestima e as inseguranças para com o próprio corpo podem criar uma aversão aos abraços por causa da ansiedade social e do medo do toque físico e emocional.

Como a solidão pode afetar a saúde física?

Corpo são, mente sã. Ok, este é o mantra. E quando entra em cena a solidão, como fica a nossa saúde física? Que impactos o isolamento provoca em nosso organismo?  O impacto da solidão na saúde física está ganhando cada vez mais atenção. Por isso, pesquisas recentes revelam suas profundas implicações em nível molecular e genético.

Cientistas das universidades de Cambridge e Fudan têm investigado como a solidão e o isolamento social afetam as proteínas relacionadas à expressão genética. Inicialmente, a análise incluiu mais de 2.920 proteínas para entender as associações entre essas biomoléculas e os sentimentos de solidão. Os resultados sugerem que as mudanças no corpo podem ocorrer em resposta a um estado prolongado de isolamento, afetando a saúde de diversas formas. Pense nisso antes de querer ficar tão isolado.

Qual a conexão entre solidão e saúde física?

É preciso saber que as descobertas indicam que a solidão está associada a níveis elevados de proteínas específicas no cérebro. Assim, cinco delas, em particular, mostraram-se mais presentes em pessoas solitárias: GFRA1, ADM, FABP4, TNFRSF10A e ASGR1. Essas proteínas são ligadas a processos inflamatórios e respostas imunológicas, que podem, quando ativadas de forma crônica, prejudicar a saúde geral do indivíduo.

Além disso, foi observado que essas proteínas também estão relacionadas a condições de saúde sérias, como doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A presença aumentada dessas proteínas ajuda a entender como a solidão pode afetar o sistema circulatório e o metabolismo, potencialmente aumentando o risco de eventos como acidentes vasculares cerebrais. Clique aqui e leia a matéria completa.