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Estudo sugere que máscaras de proteção podem ajudar a criar imunidade contra a Covid-19; entenda

Segundo pesquisadores, a máscara não impede o contato com o vírus mas reduz a carga viral, contribuindo para a criação de anticorpos

Cientistas se inspiraram na teoria da variolação para estudar os efeitos do uso da máscara de proteção – Pexels/ Anna Shvets

Um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e publicado no New England Journal of Medicine esta semana apontou que o uso da máscara de proteção estimula a produção de anticorpos do novo coronavírus. 

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De acordo com os pesquisadores, a máscara de proteção não impede que o indivíduo tenha contato com o vírus, no entanto, a peça cria uma barreira que diminui a carga viral recebida. Com isso, o paciente não desenvolve o tipo grave da doença, ou, em alguns casos, permanece assintomático e acaba desenvolvendo anticorpos contra a Covid-19. 

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Esse processo é conhecido pelo termo Variolação e foi utilizado durante o surto de varíola que assolou o mundo por mais de 10 mil anos. A ideia consiste na exposição de pacientes saudáveis a partículas de algum patógeno para gerar resposta imune. 

Enquanto não havia vacina, médicos e cientistas contaminavam voluntariamente pessoas saudáveis aplicando muco de doentes para que eles desenvolvessem anticorpos. O método inspirou a criação das vacinas e caiu em desuso por conta dos riscos. 

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“Você pode ter esse vírus, mas ser assintomático. Portanto, se você pode aumentar as taxas de infecção assintomática com máscaras, talvez isso se torne uma forma de variolar a população”, disse a infectologista Monica Gandhi, uma das autoras do artigo.