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Em clima de Dia dos Namorados, você sabe a diferença entre amor e paixão? Psicóloga especialista em Sexualidade Humana nos conta

O amor está no ar! A profissional Adriane Branco foi a responsável por conversar com a Bons Fluidos sobre o assunto

Em clima de Dia dos Namorados, você sabe a diferença entre amor e paixão? Psicóloga especialista em Sexualidade Humana nos conta – Freepik / ArthurHidden

Você consegue distinguir o amor da paixão? Pois, saiba que, apesar das semelhanças, os sinais de que alguém está apaixonado são bem diferentes de quem está amando. O amor, normalmente, está relacionado a um sentimento bonito, estável e sereno, enquanto a paixão é tida como arrebatadora, turbulenta e, muitas vezes, sofrida.

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Na paixão, enxergamos no outro aquilo que desejamos que ele fosse, e não o que ele realmente é. Ou seja, o parceiro é idealizado e transformado em um personagem. Já o amor estabelece um padrão mais homeostático. Vemos o outro com seus defeitos e suas virtudes, de forma mais estática, e o amamos mesmo sabendo que ele não é perfeito ou completo. As informações são da Adriane Branco, psicóloga especialista em Sexualidade Humana pela USP, em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS) e pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Comportamento e Sexualidade (CEPCOS).

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A palavra “paixão” vem do termo grego Pathos, cujo conceito está relacionado a sofrimento, a algo que nos invade, domina nossos pensamentos e nos faz sair do nosso controle. Por outro lado, o amor é menos intenso, mais pacato, mais confortável, mais controlável e menos temido.

Seria difícil estabelecer qual dos dois sentimentos tem mais valor. No período medieval, a paixão era considerada uma doença para a maioria das pessoas. Já para os românticos era uma forma, talvez a única, de se relacionar amorosamente.

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Algumas pesquisas empíricas sustentam que a paixão duraria algo em torno de seis meses. No entanto, penso que determinar um tempo cronológico específico para a paixão seja como cercear as narrativas individuais, que são únicas e particulares. O amor parece ter uma vida mais longa. Para Nelson Rodrigues, “todo amor é eterno; se morreu, não era amor”.

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Para a paixão se transformar em amor, primeiramente, ocorre uma quebra da fantasia criada em relação ao parceiro, que deixa de ser uma projeção e passa, lentamente, a ser visto como ele é. Neste processo há, naturalmente, uma perda afetiva imaginária, já que o ideal de perfeição primário dá lugar ao que é real. Assim que houver a aceitação desse processo e o surgimento de uma nova forma de identificação, o amor passa a existir.

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Em suma, amor e paixão são estados que se parecem, mas, no fundo, são bem distintos e não se camuflam. São sentimentos em estágios diferentes e que manifestam sensações e reações que, muitas vezes, são desconhecidas por nós mesmos.