É normal ficar triste no final do ano?

Psicóloga explica porque algumas pessoas se sentem mal quando o fim de um ano e o início de outro chegam; entenda

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Perguntamos à uma psicóloga se é normal ficar triste no final do ano e ela respondeu algumas dúvidas, deu dicas e conselhos para a época – Pixabay/sasint

Para muitas pessoas, o fim de ano simboliza renovação e esperança. É aquela época em elas celebram as conquistas e projetam novos sonhos. Porém, há diversas outras que sentem o peso do término – e está tudo bem. Sendo assim, resolvemos falar com a psicóloga Tatiane Mosso sobre o assunto e te explicar se é normal ficar triste no final do ano. Confira:

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É normal ficar triste no final do ano?

A chegada do Ano Novo pode trazer uma sensação de nostalgia. Isso porque pessoas e animais amados podem terem ido embora durante os 365 dias que se passaram. Ademais, amigos podem ter se afastado e relacionamentos terem se perdido no tempo. Outro motivo para a melancolia é o instante de revisitar metas e notar que não conseguiu cumpri-las e então, se sentem pressionadas pela ideia de terem que começar de novo e fazer diferente.

“Isso pode gerar frustração ou até um sentimento de vazio. Ademais, quem está passando por momentos difíceis, como problemas de saúde mental, desafios financeiros ou familiares, tende a sentir que as celebrações ao redor não refletem sua realidade, intensificando a sensação de desconexão”, reflete a profissional.

Emoções ligadas à experiências

As diferenças emocionais em relação ao Ano Novo estão ligadas às experiências de vida, à forma como cada um lida com a passagem do tempo e às expectativas culturais e sociais. “Para alguns indivíduos, o marco do calendário é apenas um detalhe, enquanto para outros é um momento carregado de significados e rituais. O temperamento, os valores pessoais e a rede de apoio também desempenham papéis importantes na forma como essa data é vivenciada”, conta Mosso.

O que fazer?

Primeiramente, para quem celebra e aproveita o momento, é importante não impor o mesmo ritmo emocional. Isso é um ato de empatia. Por fim, para aqueles que não se sentem tão felizes e agraciados pelo final do ano, a psicóloga tem algumas dicas. “Valide esses sentimentos, não se cobre para estar bem, priorize o autocuidado e crise momentos de conexão significativa com quem você se importa. Ajustar as expectativas também pode ajudar. O Ano Novo, acima de tudo, pode ser um convite para olharmos para dentro de nós mesmos com acolhimento e compreensão”, conclui.