Com a disseminação da Covid-19 pelo mundo, uma das primeiras recomendações dos órgãos de saúde foi adotar o distanciamento social de pelo menos dois metros entre a população como forma de frear o alastramento do novo vírus.
Porém, segundo pesquisa feita por cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, esta metragem citada acima entre os indivíduos é ultrapassada e, por isso, deve ser reavaliada.
De acordo com os especialistas, a ideia de ficar de um a dois metros longe de outras pessoas visando evitar possíveis infecções é fundamentada em uma teoria muito antiga, mais especificamente de 1890, que não considera outras particularidades dos vírus.
Na verdade, para definir a distância correta que os indivíduos precisam adotar, devem ser ponderadas algumas circunstâncias, como o tipo de atividade local, se o ambiente é externo ou interno, o nível de ventilação e se as pessoas então ou não estão usando máscaras de proteção. Por exemplo, em um bar ou restaurante, onde o risco de contaminação é alto, o distanciamento social deve ser maior e o número de indivíduos do estabelecimento reduzido.
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Em matéria publicada no jornal científico britânico The BMJ, um dos mais conceituados portais de notícias na área de medicina no mundo, os pesquisadores das Universidades declararam que as gotículas que contém o coronavírus conseguem viajar por mais de dois metros se o infectado espirra, tosse ou grita, gerando uma propagação de até oito metros do vírus.
Para os cientistas, o próximo passo é examinar as áreas de incerteza e, posteriormente, desenvolver um guia de soluções para ambientes internos e externos com diferentes níveis de ocupação.