Cinco dicas para um diálogo produtivo
Uma conversa franca e livre de julgamentos é uma ferramenta poderosa para resolver conflitos, pois permite que as pessoas se entendam diante de uma situação de conflito.

Uma conversa franca e livre de julgamentos é uma ferramenta poderosa para resolver conflitos, pois permite que as pessoas se entendam diante de uma situação de conflito.
O espírito do diálogo é abertura, participação e aceitação das diferenças das pessoas. Porém, acaba sendo ‘atropelado’ ou incompreendido por alguma falha na escuta, pressa ou incompreensão de alguma das partes. “Dialogar é pensar junto com o interlocutor”, ressalta o psicoterapeuta e psiquiatra Humberto Mariotti. Por isso, separamos algumas dicas.
Escute sem interromper: Qualquer conversa emperra porque interrompemos o outro antes que ele complete o pensamento. “Se concordamos, não queremos perder tempo ouvindo e se discordamos achamos que também não há por que escutar até o fim, isso trunca as conversas”, afirma o terapeuta.
Esteja disposto a aprender: Nas conversas em família, todo mundo tem na ponta da língua um clássico “já sei do que se trata”, “não precisa me dizer” ou “tenho minha opinião formada”.Por isso, estar aberto á escuta, ao que o outro tem a dizer, é fundamental. “Se um acha que o outro não tem nada a dizer, morreu o diálogo”,destaca Humberto Mariotti
Critique o problema, não a pessoa: Em vez de dizer “você é grosseiro”, pode-se colocar o foco na ação: “sua atitude foi grosseira naquele momento”. Por isso, pense que o alvo da crítica é o resultado do seu trabalho, não sua qualidade pessoal. “É natural que exista receio de se expor demais, mas colocar-se na defensiva compromete a comunicação”, lembra a psicóloga Mônica Chemin.
Dê espaço para o meio termo: Entre o 8 e o 80 existe o 42, certo? É preciso afrouxar a tendência de radicalizar, enxergando tudo por extremos. “Muitas vezes um tenta impor seu ponto de vista ao outro e, não tendo sucesso,simplesmente acha que não existe diálogo”, observa a terapeuta.
Pergunte o que o outro precisa: Não podemos esperar que os outros adivinhem nossos pontos de vista. “O óbvio não existe. Por mais intimidade que exista em uma relação, não se pode trabalhar em cima de pressupostos, achando que sabemos tudo sobre a outra pessoa”, alerta Dominic Barter, fundador da ala brasileira da organização internacional Center for Nonviolent Comunication.