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Casamento adiado na pandemia? Psicóloga dá 7 dicas para não surtar com a espera pela celebração

Maio é o mês das noivas e já é o segundo ano consecutivo que as igrejas ficam vazias, as festas não acontecem e os casamento são adiados

Veja dicas de uma psicóloga para não ficar deprimida com o adiamento do seu casamento – Pexels

Maio é tradicionalmente o mês das noivas e em outros anos estaríamos com as igrejas lotadas sem datas para agendar casamentos, se não fosse a pandemia.

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Para muitas que têm o desejo de entrar no altar, esse sonho virou pesadelo e a procura pela ajuda psicológica mudou o foco, como explica a psicóloga, que é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e idealizadora da plataforma aterapia, Fabiane de Faria: “Apareceram muitos casos de noivas tentando lidar com essa frustração. É como se fosse mesmo um luto, uma perda, o luto de um sonho. O foco mudou porque agora você tem que lidar com a frustração. Antes era a ansiedade para o grande dia”.
A psicóloga

Mas de onde tirar forças para não desistir do altar, do vestido branco e da festa? Fabiana de Faria dá dicas a seguir. Confira:

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Ansiedade, depressão, angústia, quais sintomas podem acometer a noiva que teve o sonho de se casar adiado por conta da pandemia?

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Ansiedade, angústia e muita frustração com o adiamento de um sonho, a quebra de uma expectativa. Geralmente, as noivas passaram um ano planejando aquele evento que não aconteceu. Também remarcar todos os fornecedores, negociar com alguns deles, perder outros por questão de data, tudo isso vai somando a um bolo de emoções negativas que se tornam um fardo pesado no dia a dia.

Remanejar uma nova data, avisar convidados, buffet, tudo o que envolve o casamento. Como esse sonho pode virar um pesadelo na vida dos noivos?

É uma grande frustração. Além de você estar chateada com o adiamento de um sonho ou até mesmo a quebra dele, os noivos ainda têm que ser resilientes, juntar suas forças para reconstruir esse evento. Isso é difícil porque em muitos casos o desejo da pessoa é só ficar chateado e não agir.

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A procura de noivas aumentou durante a pandemia? O motivo pelo qual elas procuram os serviços de uma psicóloga continua sendo o mesmo ou o foco mudou por causa da pandemia?

Sim, apareceram muitos casos de noivas tentando lidar com essa desilusão. É como se fosse mesmo uma perda, um luto de um sonho. O foco mudou porque agora tem que lidar com a frustração. Antes era a ansiedade para o grande dia. Agora é lidar com o não planejar, com o não saber, com a realização do plano B.

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Como lidar com a frustração e todos os outros sintomas de ter um sonho adiado?

Acredito muito que temos que olhar para as coisas boas. Para os familiares que estão com saúde e poderão comemorar com você, pensar na relação saudável que você tem com seu noivo, como podem ainda realizar muitos outros planos juntos.

Como não perder as esperanças de ainda realizar esse sonho?

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A possibilidade de uma festa só foi adiada, não perdida. É muito chato? Claro que é, mas também podemos pensar que todos nós nessa pandemia perdemos. Perdas diferentes, mas perdemos.

Você não está sozinho nessa e terá forças para replanejar tudo e realizar a tão sonhada festa. Eu sou bem positiva, acredito que todas as pessoas estarão muito animadas quando realmente pudermos festejar e todos os casamentos serão repletos de sorrisos e realizações.

Alimentar esperanças e fazer planos é benéfico ou não para o casal nesse momento em que vivemos?

Depende da pessoa, tem muita gente que gosta de se sentir produzindo, não gosta de estar parado. Mas fazer algo para que o evento aconteça também pode ser uma armadilha. Muitos casais já adiaram e mudaram a data mais de duas vezes.

Enquanto a pandemia não acabar, não teremos certeza de nada, as regras e previsões mudam a cada mês. Então, mesmo se você esteja planejando, deve já contar com a mudança, talvez escolher contratos mais flexíveis e sem multas, por exemplo, para não se aborrecer.

Quais sintomas podemos desenvolver neste cenário? Quando procurar ajuda psicológica?

Podemos acumular essas emoções negativas e começarmos a jogar isso no mundo, nos fecharmos nas nossas relações. Muita ansiedade, alto nível de irritação, “crises emocionais intensas” e até paralisação da vida em consequência da intolerância a frustração. Quando as emoções estiverem muito intensas, devemos procurar ajuda e conversar sobre elas.