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Angústia e insônia por causa do coronavírus – Pinterest

Com a chegada do coronavírus, o medo do contágio, a preocupação com a disseminação da doença e a crise financeira, são alguns dos motivos que causam ou agravam problemas como a angústia e a insônia. A Bons Fluidos conversou com a psicóloga Marina Prado Franco, que respondeu até que ponto esses obstáculos são considerados normais em meio a pandemia.

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O que pode ser considerada reação normal nesse momento em relação ao coronavírus? Quais prejuízos a angústia e insônia trazem?

Algumas reações podem ser consideradas normais nesse momento de crise, devido ao coronavírus. É uma crise, porque é algo que implica uma mudança de hábitos anteriores. Nós não conseguimos ter respostas instantâneas que irão funcionar neste momento em que o contexto é completamente diferente. Por exemplo, o surgimento de medo, tristeza e ansiedade, será bem comum. O que a gente deve observar, na verdade, é mais se a gente está se mantendo na maior parte do tempo com esses sentimentos negativos, que não são tão agradáveis de sentir, ou se a gente está oscilando. Talvez o que seja mais esperado é ter dias melhores e piores.

Então, a angústia e a insônia, que também podem ser derivados da pandemia do coronavírus, trarão prejuízos como dores de cabeça, cansado constante, falta de motivação, um maior isolamento social, perda de interesse, perda de apetite, etc.

Quando e o que é um sinal de alerta?

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Sinais de alerta são justamente alguns indícios que podem nos dar a impressão de que devemos olhar para isso com um maior cuidado. Ou seja, é o ponto que vai ser determinante para que a gente possa tomar alguma atitude diferente do que estamos tomando. Por exemplo, em relação à angústia e a insônia, um sinal de alerta será justamente a falta de incentivo para concluir nossas atividades diárias, manter a nossa rotina. Se na maior parte dos dias, na maior parte do tempo, nós nos sentimos dessa forma, esses podem ser sinalizadores.

Quando e como procurar um psicólogo ou psiquiatra nesse momento?

Será interessante procurar um psicólogo ou um psiquiatra neste momento justamente quando você começar a notar que você não está mais sabemos lidar com esses sentimentos, que isso trouxe um prejuízo tanto em suas relações como para a sua rotina. Hoje em dia existem vários recursos, até mesmo através de pesquisas no Google, ou indicações de amigos e familiares. Existem diversos profissionais da área que estão atendendo online, por ligações de vídeo pelo Whatsapp ou até mesmo pelo Skype. Observe o perfil do psicólogo ou psiquiatra e vá atrás de alguém que possa antender suas necessidades.

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Técnicas de meditação e respiração podem ajudar? Como tentar acalmar a mente? A música ajuda também?

Existem algumas técnicas chamadas de comportamentais, por exemplo, meditações, exercícios de respiração, que ajudam bastante, justamente por focar naquele momento presente, automaticamente tirando o foco do futuro, diminuindo a ansiedade, e também trabalhando para regularizar nossos batimentos cardíacos e pressão sanguínea. A música também pode ajudar muito. Escute músicas que te ‘levem’, que você consiga se transportar para outro cenário. A música trabalha muito com a memória e faz a gente lembrar de momentos que vivenciamos no passado, e isso tem um efeito sobre o nosso humor.


Marina Prado Franco: Psicóloga formada pela Universidade Federal de Sergipe; Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CTC VEDA em São Paulo; Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP; realiza atendimento presencial e online. Tem experiência no atendimento com adolescentes e adultos.

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