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A persistência tem poder! Psicóloga fala sobre a importância de ser firme e perseverante

A terapeuta cognitiva comportamental e neuropsicopedagoga Alessandra Augusto foi a profissional responsável por conversar com a Bons Fluidos sobre o assunto

A persistência tem poder! Psicóloga fala sobre a importância de ser firme e perseverante – Freepik

A persistência consiste em uma característica humana de não desistência, foco e esforço de uma pessoa em busca de seus maiores objetivos, procurando sempre superar os desafios da vida.

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A terapeuta cognitiva comportamental e neuropsicopedagoga Alessandra Augusto conversou com a Bons Fluidos e esclareceu alguns pontos sobre o poder individual da perseverança.

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O que está por trás da desistência de perseguir os próprios sonhos? O medo de fracassar pode ser um dos motivos de desistência?

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“Primeiro é preciso entender o que seria sonho. O que acontece com os nossos pensamentos quando eu classifico o que é um sonho. Sonho é aquilo que eu planejo e que pode parecer impalpável, pouco concreto. Mas é muito importante sonharmos. Um indivíduo que não sonha, ele cristaliza, fica estagnado, paralisa. O indivíduo que não sonha, não se projeta, não consegue planejar o futuro. Então o sonhar é saudável. Porém, ele tem essa característica de pouco concreto e palpável. 

O bacana é termos objetivos e isso faz com que alguns sonhos sejam deixados de lado porque eles parecem pouco concretos, eles não têm objetivo. Então o interessante é trazer esse objetivo aos meus sonhos. Objetivo nada mais é do que aquilo que eu pretendo alcançar, onde eu quero chegar, onde eu quero alcançar, o que quero realizar, qual o meu propósito. E quando eu tenho um objetivo, um propósito, eu tenho foco. Quanto mais foco eu tenho naquilo que eu me proponho, mais palpável e concreto ele passa a ser. E o sonho permeia essa coisa menos concreta. Isso faz com que eu abandone um pouco mais rápido e mais fácil os meus sonhos.

Nós somos criados para vencer. Nós incentivamos o tempo todo nossas crianças a vencer, nós ovacionamos os vencedores, nós louvamos aqueles que vencem. Então desde muito cedo nós somos incentivados a ser aceitos se formos vencedores. Quem não vence é um fracassado. Então eu me torno um indivíduo adulto com medo do fracasso. Aí eu preciso ter cuidado porque esse medo pode me impedir de muitas coisas. Pode impedir de ser um pouco mais ousado, pode me impedir de eu fazer tentativas, sair daquela zona de conforto por medo do fracasso. Então ter medo do fracasso pode em algum momento ser prudente, porém eu preciso ter cuidado para isso não ser excludente, não passar a me excluir de um progresso.”

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Como superar esses obstáculos de forma prática?

“Classificando. Eu posso classificar o que é sonho e o que é objetivo. Trazer isso o máximo para o concreto, ver as possibilidades. Então acho que uma palavra-chave seria planejar. O que eu quero fazer? Eu acho que um bom planejamento é o princípio de tudo, a base. Em que isso está alicerçado, em pensamentos, em devaneios ou em coisas concretas, realizáveis, palpáveis? Isso seria uma boa forma prática para eu tirar esse obstáculo do medo do fracasso e trazer essa forma concreta razoável em meio aos meus planos.”

Qual a diferença entre pessoas que vão atrás dos seus objetivos sem se importar ou paralisar com os obstáculos e daquelas que desistem fácil, muitas vezes na primeira dificuldade?

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“A diferença daquelas pessoas que vão atrás do seu objetivo, é aquela pessoa que deixa de acessar o emocional. Quando ela consegue trazer essa consciência para os seus objetivos, essa razão. Então planejar, ser concreto, razoável, trazer o ponto, considerar a dificuldade, considerar até um possível fracasso, considerar que eu preciso fazer algumas tentativas para alcançar os meus objetivos, considerar as dificuldades do processo. O que a gente vê hoje em dia é que tem pessoas que não querem respeitar os processos de conquistar alguma coisa.

Por isso hoje nós abandonamos os relacionamentos na primeira discussão, nós abandonamos as amizades quando não concordam com a gente, abandonamos o nosso time de futebol se ele perde muitas vezes. Ou seja, eu não quero mais lidar com essa frustração daquilo não ser rápido, não ser perfeito, eu preciso respeitar. Então essa é a diferença das pessoas que não abandonam os seus objetivos, daquelas que abandonam facilmente. Porque elas não têm essa coisa romantizada, alicerçada no emocional. Aquela pessoa que tem um objetivo mais concreto, ela entende a dificuldade de alcançar o objetivo e ela se torna mais persistente”.

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