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1º de abril – Dia da Mentira: psicóloga explica o que motiva as pessoas a mentir

Neste 1º de abril, a psicóloga Marilene Kehdi falou sobre as motivações por trás das mentiras e citou o transtorno conhecido como mitomania; saiba mais

Dia da Mentira: psicóloga aponta os sinais de um mentiroso compulsivo – Freepik

Mentir vez ou outra faz parte do comportamento humano, até mesmo para se proteger e se autoafirmar. Geralmente, a pessoa que conta mentiras não aceita sua condição de vida e tende a contar uma história fictícia, criando uma realidade paralela. E neste 1º de abril, popularmente conhecido como ‘Dia da Mentira’, nada melhor do que abordar este tema. As informações são da psicóloga Marilene Kehdi.

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O que motiva as pessoas a mentir?

Essas mentiras que são contadas vez ou outra são conhecidas como mentiras sociais. Nelas, a pessoa está mentindo socialmente por alguma razão. As causas das mentiras abrangem baixa autoestima, insegurança, algum trauma, ansiedade, medo, angústia, infelicidade, receio de contar a verdade, ser criticado ou julgado por determinada atitude, ou por não se sentir capaz de conseguir lidar com a situação em que está envolvido, por isso, prefere mentir — ou até mesmo para não constranger outra pessoa.

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Às vezes, a compulsão por mentira pode estar associada a outro tipo de compulsão, por exemplo: compulsão por comida, compras ou bebidas. Nestes casos, ela mente dizendo que não comprou, não comeu daquele jeito ou que não bebeu. Consequentemente, a pessoa mente para tentar negar a compulsão e isso vai se tornando um hábito.

A mentira é um comportamento aprendido, por exemplo: se um indivíduo nasceu em um lar onde rodeado por mentiras, as chances da pessoa reproduzir este comportamento são muito altas. É mais comum que mentiras sejam contadas por crianças ou adolescentes, por isso, é importante que os mais velhos corrijam os jovens dizendo frases como: “não minta”, “não precisa mentir”, “aqui em casa todos falam a verdade”, “diga sempre a verdade”.

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A mentira compulsiva

O problema está quando a pessoa mente compulsivamente, ou seja, não tem controle sobre as mentiras. Podem ser mentiras longas ou curtas, mais elaboradas e fantasiosas. Mentir compulsivamente é uma doença chamada mitomania, caracterizada pela mentira patológica. As causas da mitomania não são totalmente esclarecidas, mas envolvem diversos fatores psico sociais, além das causas das mentiras, como a citada baixa autoestima, tentativa de se proteger e o desejo de ser aceito no em determinado meio.

Na mitomania, a pessoa que mente tem consciência de que estão mentindo, mas não consegue parar. O transtorno é caracterizado pela ausência de culpa ou de medo de ser pego nas mentiras, acesso de felicidade ou tristeza nas histórias contadas, a pessoa se coloca como vítima ou herói na história, mostra respostas muito elaboradas para perguntas simples e tem diversas versões para a mesma história.

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A mentira patológica pode ser um transtorno isolado ou associados a outros transtornos psiquiátricos, como o transtorno de personalidade, borderline, narcisismo e psicopatia.

É preciso tomar muito cuidado com as mentiras, porque elas podem prejudicar a vida do mentiroso e causar sérias consequências. É comum que as outras pessoas descubram as mentiras e se afastam do convívio destas pessoas.

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Existe tratamento e cura para pessoas que mentem compulsivamente?

Existe tratamento em cura desde que a pessoa reconheça que ela mente e precisa de ajuda para parar de mentir. Quem tem mitomania dificilmente reconhece que tem esse transtorno, por isso não busca ajuda. Quando os pais percebem que a criança ou adolescente mente muito, mesmo chamando atenção e alertando, precisam buscar auxílio profissional com um psicólogo ou mesmo psiquiatra.

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